Finalizando meu compêndio de magia, Grimorium Imperium, regido por John Dee mas de autoria de Abdul Al Hazred (O mesmo de Necronomicom) achei interessante postar o quarto livro (capítulo) que nos traz a fórmula deste árabe tão contraditório a livrar-se do que conjurou. Muitos iniciam o livro, mas desistem no meio, sem alcançar o epílogo, talvez por cansaço, medo ou puro esquecimento. Mas as artes escuras jamais devem ser subestimadas e seus avisos muito menos. John Dee aconselha-nos a benzer a cada página virada. Shaitan, isto iria contra meus fundamentos anti-cristãos para tanto não o fiz, mas não deixei de fechar o portal que eu havia aberto. Devemos ter controle sobre aquilo que invocamos, mesmo que não tenhamos sequer lido em alto. Um bom mago sabe que para invocar um espírito maligno não são necessários mais que duas palavras, até mesmo um pensamento leviano em teu nome. Eu, em minha condição de ocultista, costumo fazer o sinal do pentagrama que muito me conforta e protege. Mas aqueles que leram somente por curiosidade, aos tais fracos de capacidades mentais que não levam a sério o que não lhes convém ou interpreta, deixo este post como um aviso: Quod daemones non perveniant curam pecudem (Cuidado cordeiro para que os demônios não te alcancem).
Líber Quartum
(...)
" Este livro dará ao mago a instrução em como criará o círculo. Como eu disse antes, o círculo deve ser feito forte o bastante para impedir a entrada dos espíritos durante a conjuração. Se você procurar conjurar uma das faces de Nyarlathotep então o círculo pode ser feito da farinha, riscar ou cortar na terra com a faca ou a espada. Se você procura conjurar os espíritos maiores então que o círculo deve ser cortado na terra ou na pedra e então deve ser preenchido com o pó de farinha e de prata, porque a prata oferece maior proteção no encontro aos espíritos, como a pedra Kinocetus, que pode também ser pulverizado com a finalidade de fortalecer o círculo. A forma do círculo é assim:
O tamanho docírculo deve ser de nove pés e pode ser de uso provisório ou permanente. Ao norte do círculo, três pés afastados você colocará o selo do espírito que você deseja chamar. O selo do Espírito deve ser escrito no tamanho de um pé de pele de carneiro ou pergaminho. A tinta usada será o sangue de um pombo branco que seja sacrificado com uma faca virgem e o sangue coletado em uma bacia virgem. A escrita deverá ser feita com a pena de um pássaro. A criação do círculo e do selo deve ocorrer oito horas antes do rito de conjuração. Se você for evocar os “Espíritos Antigos” então você deve fazer o círculo na hora de Mercúrio, sendo oito horas antes da conjuração. Uma vez que foi criado o círculo não pode ser usado antes da conjuração, (você não pode entrar nele para treinar, por exemplo). O selo deve ser mantido envolto em seda branca diante do círculo. E na passagem de cada hora antes do ritual você deve banir os espíritos que ficam vagando na área da evocação. Para bani-los você deve primeiro fazer o sinal + quatro vezes e a cada vez diga: “Iratisinger herikoramonus derogex Dalerinter” e então diga o seguinte: Afastem! Afastem! Eu ordeno a todos os espíritos que estejam vagando Que partam em paz! Partam ou enfrentem a minha ira! Eu sou aquele que conhece os nomes esquecidos Eu sou aquele que trará aqui o espírito de (Nome do Espírito) Partam ou enfrentem-me, porque eu dei o sinal! + + + Iratisinger + Herikoramonus + Derogex + Daleringer + Partam agora rapidamente!"
Nota da Primeira Edição
Durante sua pobreza, no ano de 1606, o Grande Astrólogo Dr. JhonDee foi forçado a vender muitos de seus estimados livros. Um dos quevendeu era este, o maior e mais poderoso Grimório que contém osensinamentos para conjurar demônios mais ferozes do que os queSalomão aprisionou. Devemos advertir que o magista deve tomar muitocuidado ao ler este livro – deve ser lido dentro de um círculo efazer o sinal da cruz depois de cada página, se não os demônios decada altura e esfera serão atraídos indefinidamente.
O autor:
Segundo Lovecraft, Alhazred era "um poeta árabe louco originário de Sanaa no Iémen, que terá prosperado durante o período dos Califas Omíadas, circa 700 d.C. Visitou as ruínas da Babilónia e o segredo subterrâneo de Mênfis e passou dez anos sozinho no grande deserto da arábia, o Rub' al-Khali, que é alegadamente habitado por espíritos malignos e monstros da morte. Nos seus últimos anos Alhazred viveu em Damasco."
Em 730 d.C., durante a sua estadia em Damasco, Alhazred escreveu o Al Azif, um livro maléfico em árabe que viria mais tarde a ser conhecido como "Necronomicon". Todos aqueles que entram em contacto com este livro geralmente têm um final desagradável, e Alhazred não foi uma excepção. De acordo com Lovecraft "é dito por Ebn Khallikan (biógrafo do século XII) que ele terá sido agarrado por um monstro invisível em plena luz do dia e horrivelmente devorado na presença de um grande número de testemunhas aterrorizadas."
Ensaio e pesquisa de um estimado amigo com ótimas referências no mundo da magia natural
(Exatamente como o recebido em recados) - de: Optcháaa Gypsy
ANTÍDOTO
CARTA PARA UM AMIGO - POR FRANCISCO MARENGO
Faz o que tu queres há de ser tudo da Lei
Não estou sentado à frente de meu computador neste momento, achando "graça" na situação do Amigo. Nem estou, como o mesmo disse, à frente de ti, em alguma padaria, a espera de um cafezinho passado na hora, dando palmadinhas nas suas costas, fingindo que estou me compadecendo de ti, como "a maioria faz", mas que na verdade, estão pouco se importando, com suas idéias, concepções ou falsas ilusões. Estou aqui novamente para alertá-lo, e sou sincero em dizer que não pouparei esforços para tal.
Na verdade não sinto vontade alguma de "rir". Não percebestes que a "volta ao caminho", não o está empurrando para situação alguma que não precisasses passar. Não percebestes que a única diferença do amigo de antes, para o amigo de agora, é meramente que este Amigo de agora acendeu uma pequenina chama dentro de si, ainda não suficiente para aquecê-lo, ainda não suficiente para iluminar seus passos, seu caminho, mas o suficiente para entender alguns princípios que estarei passando a ti, agora.
Amigo, Amigo, tu estás montado no dragão e este dragão tem duas cabeças, que se agridem entre si, pois tu como senhor e soberano delas, não consegue harmonizá-las. Não percebestes que vez ou outra uma das cabeças consegue levá-lo a beira do abismo e lhe indica o caminho sem volta, nas profundezas da tua mente, rumo à consciência perdida na noite dos tempos, e cospe labaredas em tua face, para acordá-lo do torpor que tu relutas em te manter, enquanto a outra acena para o teu demônio a beira do abismo, que mostra a mais doce face para ti, mas na verdade a pior delas, pois quer afastar-te de tua busca, com a promessa de um caminho mais tranqüilo sem dor nem sofrimento.
Apopantos kako daimonos Choronzon! Ainda não percebestes que a serpente enrola sobre ti e te aperta e te sufoca e esbaforia na tua face, porque quer ser dirigida, quer mostrar-te o quanto perdeu por todos esses anos por deixar-te iludir com os doces sentidos da matéria, mas que percebe, que se não houver outra saída, continuará a apertá-lo e apertá-lo e sufocá-lo em tuas lamúrias até o dia que tu deixes de respirar e se de conta do que perdestes.
Não percebestes que as vicissitudes de tua vida fazem parte de teu Karma, não sendo impostos por Caminho Iniciático algum, mas que na verdade tu se diferencias dos outros porque tu agora "sabes", pois aqueles que não "sabem", talvez sofram menos, mas que a vida não irá lhes sorrir de forma diferente, pois da mesma forma que ti, arrastará todos os seus para a morte e não lhes amenizará a dor da perda, que será muito maior por causa das suas incertezas. Não percebestes que a vida é "dor" e "sofrimento" para aqueles que não podem regozijarem-se de verdadeiramente poderem comungar e beber nas fontes profundas do saber. Que espécie de maldição acredita que o Iniciado carrega? Achas por acaso que deixarias de sofrer as tuas perdas caso não seguisses o "Caminho".
De onde tirou tal falsas concepções? Não percebestes que tais concepções são conceitos dogmatizados de autoculpa e autopunição, que tu arrastas dentro de ti por séculos? Amigo, Amigo, quando tu irás despertar-te afinal? Quando vai parar de crucificar e matar o "Cristo" dentro de ti, ao invés de simplesmente permitir a sua ressurreição? Não percebestes que a mortificação da carne e a crucificação dos sentidos só são admissíveis para os estúpidos, para os fracos e para os desprovidos de vontade.
Ou crê simplesmente que o pastor dominical, salvará realmente a tua alma da danação eterna, alimentando a doce ilusão dos sentidos; fazendo-o sorver lentamente um dos piores venenos, pois são aqueles de sabor adocicado. Não há tempo de conivências para ti Amigo, escolhe agora o caminho, mergulhe agora no abismo dos sentidos e resgate a ti mesmo, pois tenha certeza que quando estiveres no fundo do poço, com os pés fixos no solo, não te restará outra alternativa senão subir e subir, mas para que ascencione caro amigo, terás antes que construir uma base sólida dentro de ti, para que ela não possa mais ruir; ou então, retroceda e se afogue em teus conceitos antigos, que precisam sempre achar uma culpa ou um culpado, para teus próprios fracassos, para tua própria derrota, porque não és capaz de conceberes que o único culpado é ti, porque não é capaz de bateres em teu peito e dizeres: "mea culpa, mea culpa, mea culpa."
"Dei est homo", não percebestes ainda, que o único poder criador e regenerador está em ti, e que tu deténs o poder da Transmutação Interior e Exterior, só tu e mais ninguém é que podes conceber e mudar a tua vida, só tu e mais ninguém pode te tornares Mestre de "ti" mesmo. Não Amigo, nossa Lei é Lei do Forte, se esta Lei não é para ti, afasta-te agora dos Caminhos Iniciáticos. Faças tua escolha, saibas entretanto, que a opressão em teu peito não te deixará, nem que tu permitas que teus demônios interiores devorem tuas entranhas. "Fiat Lux" Amigo sobre ti, sobre tua mente, sobre teu espírito, e que essa Luz, te ilumine, te aqueça para que o quanto antes, possa queimar teu Karma negativo, colocando-o definitivamente no caminho, em busca do teu "Eu Sagrado"
(Iniciação)
A Iniciação não se defini por um ritual executado no plano material, após o qual o iniciando atinge automática e definitivamente um certo grau de desenvolvimento espiritual, ou mágico, ou um conhecimento transcendental.
Iniciação é um rito que transcorre durante um longo período de tempo, dependendo, está claro, dos esforços individuais do aspirante. Iniciação, não é, portanto, uma mudança adquirida num estalar de dedos, ou por um gesto da baqueta mágica.
Muitas vezes a pessoa envolvida pode, certamente, através de esforços diários adquirir poderes mágicos, ou conhecimentos transcendentais; mas isto deve significar que ela adquiriu desenvolvimento espiritual (moral). Não podemos ao meu ver ser poderosos magistas sem sequer alçar um milímetro de avanço na escalada da espiritualidade. Uma coisa importa a outra.
O que é exatamente Iniciação?
A raiz da palavra (do Latim Initio, - as, -are == Iniciar começar). No Dicionário Escolar Latino/Português - pág. 501 Initio, initiare - 1) iniciar (em ritos secretos, mistérios). Iniciação é, portanto, o início de uma nova fase ou atitude perante a vida; entrar em um novo tipo de existência. As principais características da iniciação é a abertura da mente a uma percepção de outros níveis de consciência, principalmente internos. Iniciação significa acima de tudo crescimento espiritual - e isso é muito importante, pois sem esse crescimento não há verdadeira iniciação - um definitivo marco na vida humana.
Iniciação também pode ser definida como uma gradual (pois não se realiza da noite para o dia; a não ser em raríssimos casos muito especiais) evolução espiritual (no sentido positivo) na qual o discípulo (ou iniciando, ou estudante), instruído primeiramente nas suas possibilidades por meio de urna exposição dogrnática, mas ainda hipotética, desenvolve em si, por seus próprios esforços, faculdades transcendentes das quais não possui, agora, senão a semente.
Na linguagem profana ou exotérica existem duas espécies de iniciação: a dos Mistérios Menores e a dos Mistérios Maiores. A primeira é composta somente um apanhado sintético das Ciências elementares, dos princípios gerais e, normalmente, é feita através rituais e instruções bastante generalizadas. A Maçonaria, é um exemplo de organização que confere este tipo de iniciação; ou, corno dito por meu antigo instrutor, "trabalho no Plano Material".
A Iniciação dos Mistérios Maiores, ou a Grande Iniciação, ou, simplesmente INICIAÇÃO, abrange a Metafísica das Ciências, no seu grande desenvolvimento, assim como a prática da Arte Sagrada.
A Grande Iniciação é idêntica com aquilo que designamos Evolução Espiritual e sua consecução é totalmente individual.
Na primeira iniciação, aquela dos Mistérios Menores, sua eficácia, como estímulo à obtenção da Grande Iniciação, depende quase que exclusivamente do Iniciador.
O que concede o poder de uma bem sucedida iniciação? Este Poder ou é acordado inteiramente pelas mãos de um competente iniciador (não necessariamente aquele que preside uma cerimônia iniciática - aqui deveria incluir um nome melhor do que Instrutor - ou quando uma grande quantidade de trabalho de "Magia" bem sucedido foi realizado. Em resumo: o inteiro objeto de todo processo mágico e alquímico é a purificação do homem natural (a Pedra Bruta, como dito em Maçonaria) e em trabalhando sobre sua Natureza bruta se extrai o puro Ouro da Consecução Espiritual.
A idéia que o profano faz da Iniciação está fortemente condicionada pelos contos de fada. Com a magia acontece o mesmo. A maioria das pessoas esperam que acontecimentos sensacionais sejam observados a um toque da varinha mágica ou da baqueta ou da espada usadas nas cerimônias iniciáticas (no plano material) e mágicas. Mesmo pessoas menos impressionáveis sofrem decepção ao constatar que nada disso ocorre, no transcorrer das cerimônias. Esperam a detonação de uma bomba atômica e o que vê é apenas a fumaça do incenso.
Acredito que esteja mais do que claro que efeitos seguem-se às mudanças na forma de conceber o mundo e a realidade das coisas. Se você muda sua realidade (seu modo de ver as coisas), imediatamente o mundo a seu redor mudará de aspecto. Você "verá", "sentirá", etc. outro mundo e, talvez, até perceberá que o antigo mundo que você "via" era uma grande Ilusão. Assim acontece.
Todo mundo, virtualmente, sustenta a idéia de que a mente e a matéria são duas coisas diferentes. Isso é uma coisa que a Magia nega. Para os magistas, a mente e a matéria são uma mesma coisa, uma continuidade. Em um certo sentido, concordam com os Antigos Sábios da Índia de que o mundo é uma ilusão; em outro, presumirão simplesmente que certas atitudes mentais podem produzir efeitos fisicos, porque, afinal de contas, não há diferença entre matéria e mente. Mas estes magistas se esquecem de um importante ponto: se a mente e a matéria são a mesma coisa, e a matéria, ou o mundo é uma ilusão, a mente também o seria. O enigma é importante e tem deixado muita gente de cabelos brancos tentando entender o paradoxo. Entretanto, ele é facilmente compreendido, basta você alcançar a Real Iniciação.
Admiradora fiel da cultura nórdica, senti-me ultrajada com as justificativas que levaram este homem, Anders Behring Brevik, ao massacre. Tenho certeza de que, voltando-me ao cenário musical, haverão inúmeras "bandinhas" e suas insígnias aos "Fortalecimento da Supremacia Branca" exaltando as atitudes incompreensíveis deste indivíduo que nada se difere aos tais terroristas muçulmanos que tanto a Impressa internacional condena. Não foi de se espantar que minutos após o bombardeio em Oslo, gazetas anunciaram mais um ataque de autoria do grupo Al Qaeda... e sadicamente, era exatamente o oposto. Àqueles que realmente possuem honra no espírito, tal honra que não se é polida com sangue inocente, por favor não exaltem o que muitos chamarão de "Revolta Viking". Isto se chama "Demência". Lembrem-se: existe uma estreita fronteira entre a Loucura e a Genialidade. Não confundam ambas porque isto não irá nos levar a uma apoteose, mas sim, a um zoológico de feras. Anders Behring Breivik, um suposto extremista de direita de 32 anos de idade, disse ter cometido tanto o ataque à bomba na capital, Oslo, que matou sete pessoas e o massacre de outras 85 em um campo para jovens na ilha de Utoeya, ambos na sexta-feira.
Uma pessoa ferida na ilha que estava hospializada morreu neste domingo.
O número de vítimas fatais pode ainda subir já que há pelo menos quatro pessoas desaparecidas e outras 96 foram feridas.
O chefe de polícia Sveinung Sponheim disse que Breivik “admitiu tanto o ataque à bomba como os tiros, embora não esteja admitindo culpa criminal”.
"Ele diz ter agido sozinho, mas a polícia precisa verificar tudo o que ele diz. Alguns dos testemunhos coletados na ilha nos fez questionar se havia um ou mais atiradores", disse ele.
Sponheim disse que a polícia não procura ninguém mais no momento e que Breivik vem cooperando com o interrogatório.
Ele deve aparecer perante um tribunal na segunda-feira.O policial confirmou que o tempo máximo que Breivik permaneceria preso, segundo as leis norueguesas, é de 21 anos.
Estranhamente, lendo um de meus livros preferidos O Tesouro do Templo, eis que surge eles novamente, fantasmas que provavelmente atormentaram este norueguês a ponto de leva-lo ter conscio de um super-poder para julgar que seu país só seria "limpo" se as pessoas acordassem, elegessem um parlamento de direita-extrema e expulsassem os imigrantes do território. E que forma eles acordariam? Sim, terrorismo e como não? Há outra forma de se chocar tão fatalmente senão alguns corpos sob o solo?
E então o que diabos teria os Templários haver com isto tudo?
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim"Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici"), mais conhecida como Ordem dos Templários, Ordem do Templo (em francês "Ordre du Temple" ou "Les Templiers") ou Cavaleiros Templários (algumas vezes chamados de: Cavaleiros de Cristo, Cavaleiros do Templo, Pobres Cavaleiros, etc), foi uma das mais famosas Ordens Militares de Cavalaria. A organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista.
Os seus membros fizeram voto de pobreza e castidade para se tornarem monges. Usavam seus característicos mantos brancos com a cruz vermelha, e seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros. Em decorrência do local de sua sede (a mesquita Al-Aqsa no cume do monte onde existira o Templo de Salomão em Jerusalém) e do voto de pobreza e da fé em Cristo surgiu o nome "Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão".
O sucesso dos Templários esteve vinculado ao das Cruzadas. Quando a Terra Santa foi perdida, o apoio à Ordem reduziu-se. Rumores acerca da cerimónia de iniciação secreta dos Templários criaram desconfianças, e o rei Filipe IV de França profundamente endividado com a Ordem, começou a pressionar o Papa Clemente V a tomar medidas contra eles. Em 1307, muitos dos membros da Ordem em França foram detidos e queimados em estacas. Em 1312, o Papa Clemente dissolveu a Ordem. O súbito desaparecimento da maior parte da infra-estrutura europeia da Ordem deu origem a especulações e lendas, que mantêm o nome dos Templários vivo até os dias atuais.
Fonte: Wikipédia.
Temos então um cristão fundamentalista... pelos nove infernos, onde isto irá parar?! Será que teremos que queimar igrejas outra vez para esta loucura religiosa ter fim? Contar as inúmeras Ordens criadas a favor do cristianismo e voltadas ao racismo extremo.... teríamos uma longa conversa. Talvez eu tenha me entristecido por não ser um ataque da Inner Circle a uma catedral capitalista do país. Sem inocentes no meio, só as chamas consumindo o dinheiro e a hipocrisia. Acho que assim o tal território seria mais limpo. Mas talvez eu esteja comendo de meu próprio veneno. Não, não é com atitudes terroristas que obteremos a glória.
Mas acho que isto está cada vez mais longe de ser posto em prática!
Terminando epílogo de Guerra dos Tronos, não resisti a vontade de resenhar e comentar um pouco sobre esta obra-prima do gênero fantástico, tão utilizado por Tolkien e os que lhe sucederam.
Copilado por George R. R. Martim, A Game of Thrones é o primeiro livro da série A Song of Ice and Fire. Foi publicado em 6 de agosto de 1996. O livro venceu o Locus Award de 1997,e foi indicado tanto para o World Fantasy Award de 1997e o Nebula Award de 1998. A novelaBlood of the Dragon, compreendendo os capítulos de Daenerys Targaryen do livro, venceu o Hugo Award de 1997 para Melhor Novela.
O livro dá nome a vários itens spin-off baseado na série, incluindo um jogo de cartas colecionáveis, um jogo de tabuleiro e o um RPG. Em 17 de abril de 2011, a série de televisão Game of Thrones, produzida pela HBO e baseada nos livros da série, estreiou com grande sucesso.
Eis então que a HBO para meu êxtase resolveu adaptar o livro numa minissérie, que aliás se não me engano começou a ser exibida este mês na tv paga. (Cenas da série Game of Thrones; música Sleeping Sun - Nightwish).
Um pouco sobre o enredo:
Nos Sete Reinos
Lorde Eddard Stark é patriarca da Casa Stark, uma das grandes casas nobres dos Sete Reinos de Westeros, e o Guardião do Norte. O Rei Robert Baratheon, amigo de infância de Eddard, viaja até Winterfell com sua família e corte para oferecer a Eddard o cargo de Mão do Rei, o principal conselheiro e comandante militar no Reino, devido a morte da Mão anterior, Lorde Jon Arryn. A esposa de Eddard, Catelyn Stark, recebe uma carta de sua irmã, Lysa Arryn, dizendo que a morte de Jon Arryn foi um assassinato arquitetado pela Rainha Cersei e por sua poderosa família, os Lannister. Relutante em deixar suas obrigações e família, Eddard é convencido por sua esposa a aceitar o cargo para investigar a morte de Arryn. O filho do meio de Eddard, Bran Stark, acidentalmente vê a Rainha Cersei e seu irmão gêmeo Sor Jaime Lannister fazendo sexo. Para proteger a relação, Jaime empurra o menino da janela. Bran inesperadamente sobrevive e eventualmente acorda do coma paralisado da cintura para baixo, sem se lembrar de como caiu.
Lorde Eddard viaja com a corte real para o sul em direção a Porto Real, a capital, levando suas filhas Sansa e Arya. A jovem de treze anos Sansa se esforça para se tornar uma dama, já que ela foi prometida ao filho mais velho do Rei Robert, Joffrey, herdeiro do trono. Catelyn estraga uma tentativa de assassinato contra Bran, ainda no coma, revelando que sua queda não foi um acidente. Ela viaja secretamente para Porto Real para avisar seu marido e para lhe mostrar a distinta adaga usada pelo assassino. Uma vez lá, seu admirador de infância Petyr Baelish, conhecido como Mindinho, identifica a adaga como pertencendo ao irmão da Rainha Cersei, Tyrion Lannister, conhecido como "O Duende" devido ao seu nanismo. No caminho de casa ela encontra Tyrion em uma estalagem e ordena que ele seja preso e levado ao Ninho da Águia, onde sua irmã Lysa o põe sob julgamento e está ansiosa para matá-lo. Tyrion exige um julgamento por combate e ganha sua liberdade quando seu improvável campeão, o mercenário Bronn, vence o duelo.
Em Porto Real, Eddard está focado em dever e justiça, e imediatamente começa a investigar a morte da Mão anterior. O Rei Robert está apenas interessado em bebidas e distrações, e realiza um torneio em honra de sua nova Mão. As pesquisas e investigações de Eddard o levam para o segredo que levou Jon Arryn a ser morto: os três filhos de Robert e Cersei foram gerados por Jaime. Eddard misericordiosamente oferece a Cersei a chance de fugir, porém ela recusa. Antes de poder ser informado, o Rei Robert é ferido fatalmente ao caçar um javali, no que parece ser um acidente exacerbado pela bebida. O irmão mais novo de Robert, Renly, sugere que Eddard deveria usar seus guardas combinados para prender Cersei e seus filhos e tomar o controle do Trono de Ferro antes que os Lannister possam agir. Eddard se recusa dizendo que isso seria desonroso. Ele recruta Mindinho para ter os guardas da cidade ao seu lado, e acusarem Cersei, porém Mindinho trai Eddard subornando o capitão da guarda para Cersei, que aprisiona Eddard antes de fazer seus crimes públicos. Os guardas Lannister matam toda a comitiva de Eddard. Sansa é feita prisioneira, porém Arya consegue escapar do castelo com a ajuda de seu instrutor de esgrima.
Joffrey é coroado Rei e executa Eddard. Sansa é obrigada a assistir a decapitação de seu pai e Arya secretamente, testemunha tudo da multidão. Antes dela poder agir precipitadamente, é levada para fora da cidade por Balion, um membro da Patrulha da Noite. Uma guerra civil, posteriormente chamada de a Guerra dos Cinco Reis, irrompe. Lorde Tywin Lannister leva a guerra às casas Stark e Tully e seus vassalos. Robb Stark, filho mais velho de Eddard, lidera um exército de nortenhos para as Terras do Rio para ajudar seu avô materno, Lorde Hoster Tully, e para também buscar vingança pela morte do pai. Jaime Lannister lidera um cerco a Correrrio, enquanto Lorde Tywin lidera um grande exército ao sul do rio Tridente para impedir que Robb avance até Porto Real. Em uma manobra ousada, Robb secretamente envia sua cavalaria para Correrrio, enquanto parte de sua infantaria vai em direção de Lorde Tywin. Tywin, com a ajuda do recém libertado Tyrion, derrota os homens de Stark, porém descobre tarde demais que eles eram apenas um chamariz. Com a manobra, as forças de Robb Stark surpreendem e destroem as tropas de Lannister, acampadas ao redor de Correrrio, capturando Jaime no processo. Renly Baratheon proclama a ilegitimidade de Joffrey e se declara Rei de Westeros, se tornado o segundo dos cinco reis da guerra. Robb Stark se torna o terceiro quando seus vassalos o proclamam Rei do Norte.
Na Muralha
A fronteira do norte dos Sete Reinos é fortificada pela Muralha, uma antiga barreira de gelo de mais de 210 m de altura e 480 km de extensão, populada pela irmandade da Patrulha da Noite. Nas "terras sem lei" ao norte da Muralha, um pequeno grupo de Patrulheiros da Patrulha da Noite encontra os lendários Outros das antigas lendas, sendo todos mortos com a exceção de um. Levado a loucura, o sobrevivente foge para o sul da Muralha, onde é captura e executado como um desertor.
Jon Snow, filho bastardo de Lorde Eddard Stark, sente cada vez mais desagradável sobre seu futuro na Casa Stark. Encorajado por seu tio Benjen Stark, o Primeiro Patrulheiro da Patrulha da Noite, Jon decide se juntar a irmandade permanentemente.
Na Muralha, Jon inicialmente sente desprezo pelos outros recrutas, a maioria criminosos de baixo nascimento que escolheram o exílio na Muralha para não serem executados ou deixados como prisioneiros. Eventualmente ele deixa de lado seus preconceitos, une os recrutas contra seu sádico instrutor e protege o covarde, porém de boa índole, Samwell Tarly. Jon espera que suas abilidades superiores em combate o levem ao posto de Patrulheiro, o braço armado da irmandade. Para sua decepção, ele é designado como intendente do Lorde Comandante da Patrulha, Jeor Mormont, porém percebe que esse posto o está preparando para o comando. Ele faz com que seu amigo Samwell seja feito intendente do idoso Mestre Aemon, um trabalho adequado para a educação superior de Samwell e sua falta de capacidade atlética.
Benjen Stark lidera um pequeno grupo de Patrulheiros em uma ronda para além da Muralha, falhando em retornar. Quase seis meses depois, os corpos mortos de dois homens do grupo de Benjen são encontrados, com seus corpos sendo reanimados como zumbis a noite. Implacavéis contra feridas de espadas, eles conseguem matar seis homens. Um dos zumbis é cortado em vários pedaços por uma dúzia de irmãos, enquanto Jon sozinho salva o Lorde Comandante Mormont ao destruir o segundo com fogo. Por salvar sua vida, Mormont dá de presente à Jon sua espada de aço valiriano, "Garralonga", uma relíquia de família da Casa do Lorde Comandante.
Quando as notícias da execução de seu pai chegam, Jon tenta desertar da Patrulha da Noite, um crime capital, procurando ajudar seu irmão Robb na guerra contra os Lannister. Seus amigos na irmandade o pegam e o convencem a retornar antes de sua deserção ser notada.
No Leste
Além do Mar Estreiro na Cidade Livre de Pentos, Viserys Targaryen vive em exílio com sua irmã de treze anos, Daenerys. Ele é filho, e o único herdeiro homem, sobrevivente do Rei Aerys II, que foi usurpado por Robert Baratheon. Viserys arranja para vender Daenerys em casamento para Khal Drogo, senhor de guerra dos guerreiros nômades dothraki, planejando usar o exército de Drogo para reconquistar o Trono de Ferro de Westeros para a Casa Targaryen. Entre os presentes de casamento estão três ovos petrificados de dragão, artefatos raros considerados muito valiosos porém inúteis, já que os dragões foram extintos há séculos. Um cavaleiro exilado de Westeros, Sor Jorah Mormont, se junta a Viserys como conselheiro.
Inesperadamente, Daenerys encontra confiança e amor em seu bárbaro marido, e eles concebem uma criança que é profetizada para unir e governar os dothraki. Drogo mostra pouco interesse em conquistar Westeros, provocando o temperamental Viserys a abusar de sua irmã. Inicialmente, Drogo suporta Viserys e o pune com humilhações públicas. Porém quando Viserys publicamente ameaça Daenerys, Drogo o mata derramando ouro derretido em sua cabeça, simbolicamente dando a ele a "coroa" tão desejada. Como a última Targaryen, Daenerys assume a demanda do irmão para reconquistar o trono de Westeros.
Um assassino buscando favor do Rei Robert, tenta sem sucesso, envenenar Daenerys e seu filho ainda não nascido. Enfurecido, Drogo concorda em invadir Westeros procurando vingança. Enquanto saqueava aldeias para financiar a invasão, Drogo é ferido. A ferida infecciona, e Daenerys manda uma bruxa capturada fazer uma magia de sangue para salvá-lo; entretanto, a traiçoeira bruxa sacrifica o filho não nascido de Daenerys para dar poder ao feitiço, que mantém Drogo vivo em estado vegetativo. Enquanto a horde dothraki sem líder debanda, Daenerys tem pena de seu outrora orgulhoso marido e sufoca-o. Ávida por vingança, ela ordena que a bruxa seja amarrada a pilha funerária de Drogo, e coloca seus três ovos de dragão na pilha com o marido. Daenerys, acredita ser a última a possuir o sangue dos dragões correndo em suas veias, e decide entrar na fogueira que queima seu marido. Ao invés de perecer nas chamas, Daenerys emerge ilesa e com três recém-chocados dragões ao redor dela. Abismados, os poucos dothraki restantes e Sor Jorah juram lealdade à ela. Daenerys fica determinada a reunir um exército e reconquistar o Trono de Ferro.
Personagens de ponto de vista:
Cada capítulo se concentra em uma narrativa em terceira pessoa limitada de uma única personagem; o livro apresenta a perspectiva de oito personagens principais. Adicionalmente, uma personagem menor providência o prólogo. Os títulos dos capítulos indicam a perspectiva:
Prólogo: Will, um homem da Patrulha da Noite.
Eddard Stark, Guardião do Norte, Lorde de Winterfell e Mão do Rei.
Catelyn Stark, da Casa Tully, esposa de Eddard Stark.
Sansa Stark, filha mais velha de Eddard e Catelyn Stark.
Arya Stark, filha mais nova de Eddard e Catelyn Stark.
Bran Stark, o segundo de três filhos de Eddard e Catelyn Stark.
Jon Snow, filho bastardo de Eddard Stark.
Tyrion Lannister, irmão da Rainha Cersei e de Sor Jaime, filho de Lorde Tywin Lannister.
Daenerys Targaryen, Filha da Tormenta, Princesa de Pedra do Dragão e herdeira do trono Targaryen depois de seu irmão Viserys Targaryen.
Dez Curiosidades a cerca desta gélida Obra-Prima!
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1. Asérie se passa em uma terra fictícia chamada Westeros:
Em certos aspectos ela pode lembrar a Inglaterra medieval das lendas Arturianas, onde a maioria das histórias conhecidas com "cavaleiros, castelos e princesas" se passam. Na verdade, até mesmo Porto Príncipe - a sede principal do poder em Westeros, está localizada ao sudeste, assim como Londres.
Mas, existem algumas diferenças fundamentais. Em Westeros, o norte é uma terra sempre muito (mas muito mesmo) fria no inverno. Nos seus limites ao norte existe uma parede que se estende por toda a largura do território e mede mais de 200 metros de altura. Esta barreira é controlada por uma irmandade de proscritos cuja missão é proteger o sul do que quer que esteja além do muro.
Westeros também corre o risco de uma invasão vinda de uma terra além do mar estreito, onde vive um povo nômade de cultura eqüestre (muitíssimo diferente dos Rohirrim).
2. Gerra dos tronosé uma história de fantasia, mas não é Tolkien
Definitivamenteela não é o que muitos chamam de fantasia tradicional. Você não vai encontrar orcs, anões e elfos, mas sim pessoas comuns. Os elementos de fantasia que aparecem, servem apenas de pano de fundo para a história principal.
3. As estações do ano de Westeros são um pouco diferentes das nossas
As estações são imprevisíveis e podem passar rapidamente ou durar um longo período de tempo. No início da história, tem sido verão em Westeros por anos. Alguns dos personagens só conhecem esta época de clima agradável e não conhecem o sofrimento trazido pelo inverno. Mas, como dizem em Winterfell, o inverno está chegando ... e pode durar uma vida.
4. Personagens complexos e independentes
Todo personagem tem dezenas de camadas em a Guerra dos Tronos. Eles trabalham em ângulos, são falsos, esfaqueiam os companheiros pelas costas e conspiram. Os diálogos que você ouvirá na série freqüentemente terão mais do que um significado, e todas as ações provavelmente trarão conseqüências.
5. HBO vai cobrir grande parte do primeiro livro,A Guerra dos Tronos
Mas muitos dos fãs de Martin estão céticos quanto ao final da série. O próximo livro, A Dance with Dragons, levou quase seis anos para ser escrito. Faça as contas de quanto tempo levaríamos para ter os sete livros (não esquecendo de que Martin tem 63 anos).
7. O reino foi reunido e dilacerado muitas vezes
A história de Westeros remonta a milhares de anos, com muitas casas desempenhando papéis importantes ao longo do tempo. Em Porto Príncipe, o rei está sentado sobre o Trono de Ferro, que foi forjado a partir das espadas dos inimigos vencidos. É um lugar propositalmente difícil para se sentar e deve lembrar seus ocupantes que estar sobre ele não é confortável.
8. Lobos Gigantes são criaturas míticas
Ele são versões gigantes e inteligente dos lobos. Nos livros, estão associados e protetores da casa Stark. Na série de televisão, eles serão interpretados por Inuits do Norte , quase tão grandes quanto os lobos descritos por Martin nos livros.
Os Lobos Gigantes (Dire Wolvs) são baseados em um animal de verdade - foram recuperados restos mortais de milhares de lobos dos poços de piche de La Brea. Estes animais, semelhantes ao lobo cinzento possuíam cinco metros de comprimento e pesavam cerca de 250 quilos.
9. Não é uma história para as crianças
Não espere algo como as Crônicas de Narnia (ou até mesmo Senhor dos Anéis). Haverão inúmeros temas adultos, com nudez, violência e muito sangue. Em nome do politicamente correto, alguns detalhes e cenas do livro foram alterados (por exemplo, no livro, uma personagem feminina se casa aos 13 anos. Na TV, ela será mais velha), mas mesmo com estas censuras, definitivamente, não é uma história para crianças .
10. Asérie de 10 horas será muito resumida
A primeira temporada será composta por 10 episódios de aproximadamente uma hora. E sim, com apenas 10 horas, muito da história será perdido.
Se você gostar da série, como eu imagino que gostará, leia A Guerra dos Tronos e a A Fúria dos Reis, os dois livros da série disponíveis em português.
Se você tiver dificuldades para identificar os personagens (e eles são muitos), as casas e os locais, visite a wiki da série (livre de spoilers até que o assunto tenha sido revelado na TV), uma wiki mais aprofundada (incluispoilers) e o ótimo Westeros.org, que destaca pessoas e lugares.
Lembrando, a série estréia nos Estados Unidos neste final de semana e no Brasil dia 8 de Maio.
Vendo o filme "O Corvo" de 1994, protagonizado pelo eterno Brandon Lee, filho do famoso lutador e ator Bruce Lee, instiguei-me a resenhar sobre esta tão importante obra do mestre Poe.
The Raven ("O Corvo") é um poema do escritor e poeta norte-americano Edgar Allan Poe. Ele foi publicado pela primeira vez em 29 de Janeiro de 1845, no New York Evening Mirror. É um poema notável por sua musicalidade, língua estilizada e atmosfera sobrenatural provenientes tanto da métrica exata, permeada de rimas internas e jogos fonéticos, quanto do Talento singular de Poe, um dos maiores expoentes tanto do romantismo quanto da própria literatura americana. Neste poema, que apresenta uma temática típica do romantismo (ou, mais especificamente, do Ultrarromantismo), a figura do misterioso corvo que pousa sobre o busto de Pallas (ou Atena, na maioria das traduções feitas para o português) representa a inexorabilidade da morte e seu impacto sobre o personagem, o qual, no seu papel de arquétipo correspondente às tendências da geração literária de Poe, lamenta e sofre profundamente com a perda de sua amada Leonora (Lenore, no original). No final do poema o corvo, o qual representa, como dito acima, a inexorabilidade da morte, é dito como ainda repousando sobre o busto de Pallas (ou Atena, na tradução de Fernando Pessoa) simbolizando o pesar eterno que se abateu sobre a alma do protagonista.
Eis aqui o poema traduzido pelo mestre Fernando Pessoa:
O CORVO *
(de Edgar Allan Poe)
Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais"."Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais"."Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais"."Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!
Fernando Pessoa
(Vídeo: Cenas do filme "O Corvo". Música "beyond the veil" por Tristania).