Hail warriors des tenebra!

In pursuit!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Black\Pagan Metal: uma simples vingança.


O paganismo é com certeza a religião mais antiga praticada no Reino da Baviera. Desde tempos imemoriais, os povos nômades que vagavam pela região cultuavam os espíritos da terra, os deuses da Natureza, e mesmo após milênios de perseguição por parte dos romanos, dos nobres e da Igreja, as práticas pagãs persistem em vilarejos isolados, no campo e na floresta.
                Na verdade, não se pode definir o paganismo, “A Religião Antiga”, como uma religião única. Cada povo que viveu na Baviera trouxe consigo seu próprio panteão, como os celtas, os eslavos e os magyares. Apesar de as práticas pagãs poderem se diferenciar bastante entre uma região e outra, a grande maioria segue uma idéia geral, centrada nos ciclos da natureza. Para os pagãos, o nascimento e a morte são vistas como um processo interminável de emergência e retorno.
                Talvez a persistência do paganismo, mesmo após tanto tempo de perseguição, se deva ao seu apelo para os camponeses, as pessoas simples da Idade Média. A Religião Antiga é, antes de tudo, uma crença prática, que ensina as pessoas o que elas precisam saber para compreender o mundo e sobreviver aos seus desafios. Afinal, o paganismo se desenvolveu a partir da interação dos povos do passado com o mundo da Natureza, e portanto tem um grande significado para os habitantes das áreas rurais e selvagens. É na simplicidade que reside sua maior força; muitos camponeses, por exemplo, são completamente incapazes de compreender uma missa cristã realizada em latim, o que os aliena da compreensão de sua própria religião. Enquanto muitos são incapazes de compreender o significado das celebrações cristãs, as festividades pagãs comemoram, por exemplo, a chegada do período das chuvas, ou o fim da colheita. Portanto, para os camponeses, mesmo aqueles que seguem a religião de Cristo, as comemorações pagãs realmente fazem muito sentido, e seu significado está muito mais atrelado ao seu modo de vida. Os pagãos mais fervorosos, por outro lado, se opõe ferrenhamente à Igreja e ao desenvolvimento das grandes cidades, pois acreditam que elas apenas trazem escravidão para o seu povo e um fim para o seu modo de vida.
Além disso, a Antiga Religião, tem um apelo ainda mais especial para as mulheres, que muitas vezes são figuras centrais nas práticas religiosas. Apesar de não ser uma regra geral, diversos cultos giram em torno de divindades femininas, e muitas mulheres tomam para si o manto de sacerdotisas nas cerimônias pagãs, conduzindo as festividades, realizando os sacrifícios, e comungando com os espíritos. Em algumas regiões essas sacerdotisas, que muitas vezes são também videntes, parteiras e curandeiras, são chamadas de “wiccans”, que em eslavo significa “sábias”. Enfim, enquanto entre os cristãos a mulher permanece como um ser inferior, atada a uma vida de serviço e subserviência em relação ao seu marido, entre os pagãos a sabedoria de algumas mulheres recebe a reverência até mesmo do mais bravo dos guerreiros.
                Apesar de ser impossível definir exatamente um panteão único cultuado por todos os pagãos da Baviera, é possível citar os deuses mais comuns entre as diversas comunidades. Geralmente, o panteão é centrado em Bielobog e Tchernobog, os deuses gêmeos da bondade e maldade (ou da luz e escuridão), e que representam toda a dualidade do mundo. O aspecto masculino da religião é representado por Jarovit, deus da guerra, Svarogitch, o deus do fogo, Svarog, deus do céu, e Parom, deus do trovão. Estes quatro deuses incorporam, respectivamente, as qualidades buscadas pelos guerreiros: a força, a astúcia, a perseverança e a coragem. Grandes guerreiros buscam para si o manto de campeão de um destes quatro deuses, e no começo de cada ano, são realizadas cerimônias em que estes guerreiros se confrontam para indicar qual dos deuses terá supremacia sobre os outros na temporada seguinte.
                Já as deusas femininas incorporam os aspectos domésticos do dia-a-dia, e não são vistas com menos importância por causa disto. No centro está a figura de Zorya, a tripla divindade do alvorecer, do anoitecer, a da meia-noite. Além dela existem as quatro deusas-irmãs: Zivena, a deusa da vida; Morena, a deusa da morte; Uroda, a deusa da fertilidade e da agricultura; e Lada, a deusa da beleza e do ato carnal. A ênfase das deusas está no eterno ciclo que envolve o mundo, em que as coisas se desenvolvem e depois se desfalecem, apenas para surgirem novamente.
                As crenças pagãs, ainda, dão um grande valor aos espíritos da Natureza e que fazem parte da vida cotidiana, como os leshy, espíritos das árvores, os volkhu, espíritos da terra e das rochas, e os vodanyoi, os maliciosos espíritos das águas e dos rios. A Antiga Religião também dá um grande valor aos espíritos dos ancestrais, que trazem conselhos aos seus descendentes através das sacerdotisas mais antigas.
A imensa maioria das culturas pagãs reconhece a intrínseca dualidade entre a bondade e a luz e a maldade e as trevas como o princípio que rege o mundo. Os shamans, sacerdotes que comungam com os espíritos e algumas vezes lideram congregações pagãs, dividem-se entre os Bieloknazis,, ou Druidas Brancos, que servem os deuses da luz, e os Tchernoknazis, ou Druidas Negros, que servem os deuses da escuridão.
                Entre os vampiros, os praticantes do Paganismo muitas vezes são perseguidos do mesmo modo que a Igreja persegue seus companheiros mortais. Apesar de muitos príncipes fazerem vista grossa para os pagãos, a Antiga Religião nega a Tradição dos cainitas, que afirma que todos descendem de Caim, seu progenitor, que teria sido amaldiçoado por Deus e abençoado por Lilith. Portanto, ainda que por um lado o Paganismo não seja realmente proibido, por outro lado ele também não é completamente aceito, e pagãos descuidados aprendem rapidamente o valor de praticarem sua religião com discrição.

(Ta Hiera*)

 Paganismo talvez seja a crença que data os verdadeiros primórdios do homem, tendo em vista que, nossos antepassados, datando aí desde a Era da pedra Lascada, não adoravam seres propriamente Divinos, mas desde animais desconhecidos os quais eles temiam, a fenômenos da Natureza, que alem de lhes garantir temor, lhes outorgavam maravilhas como o desenvolvimento da agricultura entre outros. Depois deste período, vieram sim, as representações antropomórficas ou até zoomórficas de seus ídolos, que num aspecto inocente, eram representações das verdadeiras qualidades do homem. Poderíamos então pegar o exemplo dos gregos e seus deuses, cada qual dotado de uma força sobre-humana (a imortalidade) e uma virtude (Zeus- Senhor dos Raios, Atena -Senhora da Sabedoria...), entretanto não deixavam de ter os mesmos aspectos que unem os humanos: o pecado ou melhor, os vícios. Em suas grandes epopeias, Homero e tantos outros poetas deixavam claro o quão eram vaidosos os deuses, orgulhosos, e muitas vezes, indecisos. Isto nos mostra que o homem antigamente orgulhava-se de sua existência, que apoiava-se em ídolos próximos, ídolos que eles podiam contatar ao se olharem no espelho. Não deixo aqui a ideia de que tais deuses não existiram... não! Mas deixo a hipótese de que os homens eram apegados a crenças que valorizavam sua existência, a deuses que eles realmente podiam sentir, podiam amar, pois eram deuses unidos a eles próprios.
Enfim... a era dos sábios pagãos se foi de forma crudelíssima na mão dos cristãos. Poderíamos tomar como início a queda do politeísmo na passagem bíblica em que Jesus Cristo de Nazaré, homem símbolo que marcou o Novo Testamento, dado com filho de Jeová, deus Onipotente e Onisciente dos cristãos e muçulmanos, enraivecido com uma feira de pagãos em um Templo, expulsa-os junto a seus discípulos, violentamente de lá. Temos aí também uma estranha idéia de dualismo, tendo em vista que não foi Cristo mesmo que era contra a violência ao inimigo? Enfim.
 Como o próprio disse, ele veio trazer a Espada e não a Paz. Dito e feito. Séculos mais tarde a humanidade sentiria o peso da "Sagrada Igreja Católica Apostólica Romana", uma instituição cruel, capitalista e fundada em mistérios, mistérios tais que nos trazem uma estranha semelhança aos pagãos. Mas isto já é uma outra boa Verdade que relatarei em outro post. O que quero dizer com estes parágrafos?
Prestem atenção:


314 – Imediatamente depois de sua legalização, a igreja cristão atca os pagãos: o concílio de Ancyra denuncia o culto à deusa Ártemis

324- O Imperador Constantino, declara o cristianismo como a única religião oficial do Império Romano. Em Dídima, na Ásia Menor, oráculo de Apolo é saqueado e os sacerdotes são torturados até a morte. Também denuncia todos os pagãos do Monte Atos e destrói todos os templos pagãos do lugar.

366 –O Imperador Constantino seguindo as instruções de sua mãe, Helena, destrói o Templo do deus Asclépio e Higéia, na Sicília e muitos templos da deisa Aforidite em Jerusalém, Afaka, Mambre, Fenícia, Baalbek etc.

330 – O Imperador Constantino rouba os tesouros e as estátuas dos templos pagãos da Grécia para decorar a nova capital do seu Império, Nova Roma (Constantinopla)

335- O Imperador Constantino saqueia muitos templos pagãos da Ásia Menor e Palestina, e ordena a crucificação de todos os magos e adivinho. Martírio do filósofo neoplatônico Sopatro.
341 – O Imperador Flávio Júlio Constâncio persegue a todos os adivinhos e helenistas. Muitos pagãos gregos são presos e executados.

346 – Novas perseguições em grandes escalas contro os pagãos em Constantinopla. Exílio do famoso orador Libanio, acusado de ser “mago”.

353 – Um decreto de Constancio ordena a pena de morte para classe de culto com sacrifício e idolatria, ou culto a ídolos.

354 – Um novo ato de Constancio ordena a destruição dos Templos Pagãos e a execução de todos os idólatras. As bibliotecas de várias cidades do Império são incendiadas. As primeiras fábricas de cal são construídas ao lado dos templos pagãos fechados. Uma grande parte da arquitetura dos templos pagãos é transformada em Cal.

357 – Constantino proíbe todos os métodos de adivinhação (exceto a astrologia).

359 – EM Skythopolis , Síria, os cristãos organizam o primeiro campo de concentração para tortura e execução pagãos encontrados em qualquer parte do Império.

361 a 363 – Em Constantinopla ( 11 de Dezembro do ano de 361 ) o imperador pagão Flávio Cláudio Juliano declara tolerância religiosa e restaura os cultos pagãos. Em 11 de Junho de 363 o Imperador Juliano é assassinado.

364 – O Imperador Juliano ordena que a Biblioteca de Antioquia seja incendiada.
Um ato imperial (11 de Setembro) ordena a pena de morte para todos os pagãos que rendam culto a seus deuses ancestrais ou pratiquem adivinhação (silieat omnibus perpetuo divinandi curiositas). Três decretos diferentes ( 4 de fevereiro, 9 de Setembro e 23 de Dezembro) ordem que todas as propriedades dos Templos pagãos sejam conficadas e castiga com pena de morte a participação em rituais pagãos, inclusive os privados.

365 – Um decreto imperial (17 de Novembro) proíbe que os funcionário pagãos comandem soldados cristãos.

370 – O Imperador Valens ordena uma grande perseguição contra os pagãos em toda a parte oriental do Império. Em Antioquia se executa, entre muitos outros, o ex- geovernador Fidaustio e os sacerdotes Hilário e Patrício. Montanhas de livros são queimadas nas praças públicas das cidades do leste do Império. Todos os amigos de Juliano (Orebasio, Salustio, Pegaso etc) são perseguidos. O filósofo Simônides é queimado vivo e Máximo é decapitado.

372 – O imperador Valens ordena ao governador da Ásia Menor que extermine todos os helenos e todos os documentos relativos à sua sabedoria.

373 – Nova proibição a todos os métodos de adivinhação. O termo “pagão” (pagani, aldeano = pagão, que mora nas cercanias, camponês, aldeão) é introduzido pelos cristãos para depreciar toda a classe.

375 – O Epidauro, Templo de Asclépio na Grécia, é fechado.

380 – Em 27 de fevereiro, um Ato do Imperador Flavio Teodosio converte o cristianismo na religião exclusiva do Império romano, requerendo que “todas as nações que estão sujeitas à nossa clemência e moderação devem continuar praticando a religião que foi entregadoa aos romanos pelo divino apóstolo Pedro”. Os ao-cristão são chamados “repugnantes, hereges, estúpidos e cegos”. Em outro decreto Teodósio chama de “loucos” todos aqueles que não crêem no deus cristão e proíbe toda discrepância com os dogmas da Igreja. Ambrosio, o bispo de Milão, empreende a destruição dos templos pagãos de sua área. Os sacerdotes cristãos dirigem seus esforços contra o Templo da deusa Deméter, em Eleusis e tentam linchar os sacerdotes pagãos Netorio e Priskos. Nestorio, o sacerdote de Deméter, aos 95 anos de idade, encerra os Mistérios de Eleusis e anuncia a predominância da obscuridade mental sobre a raça humana.

381 – Em 2 de Maio, Teodosio priva de todos os direitos os cristãos que voltarem a praticar sua religião pagã. Em toda a porção oriental do Império são saqueados e queimados Templos e Bibliotecas pagãs. Em 21 de dezembro Teodósio proíbe inclusive as simples visitas aos templos helenos. Em Constantinopla, o templo da deusa Afrodite é transformado em cabaré (bordel, prostíbulo) e os templos de Hélio e Ártemis em estábulos.

382 – O “ Hallelu-jah” , Aleluia (Glória aYAHVeh) é imposto nas missas cristãs.

384 – O Imperador Teodósio ordena ao “pretor prefecto” Maternus Cynergius, um devoto cristão, que coopere com os bispos locais e destrua os templos pagãos no norte da Grécia e na Ásia Menor.


385 a 388 – (traduzir) 385 a 388 Maternus Cynerdius, animado por suas fanática esposa e pelo bispo San Marcelo, varrem todo o país com suas tropas, saqueando e destruindo centenas de templos, altares e relicários helênicos. Entre outros, destroem o Templo de Edesa, o Templo aos Kabiroi, em Imbros, o templo de Seus em Apamea, o Templo de Apolo em Didima e todos os templos da região de Palmira. Milhares de inocentes pagãos de todas as zonas do império são martirizados nos terríveis campos de Concentração de Skythopolis.


386 – Em 16 de Junho o Imperador Teodósio proíbe a manutenção e o cuidado dos templos pagão saqueados.

388 – Por vontade de Teodosio, são proibidas as charlas públicas sobre temas religiosos. O orador exilado Líbano envia sua famosa epístola “Pro Templis” a Teodosio com a esperança de que os poucos templos helenos restantes sejam respeitados e conservados.

389 a 390 – São proibidas todas as festas que não sejam cristãs. Hordas de ermitões fanáticos do deserto inundam as cidades do Oriente Médio e Egito destruindo estátuas, altares, bibliotecas e templos pagãos, e linchando os pagãos. Teófilo, patriarca de Alexandria, inicia duras perseguições contra os pagãos, converte o templo de Dioniso em igreja cristã, destrói o Templo de Zeus e zomba dos sacerdotes pagãos antes de os matar a pedradas. A população cristã profana as imagens de culto.

391 – Em 24 de Fevereiro, um novo decreto de Teodosio não só proíbe a visita aos Templos pagãos como também observar as imagens destroçadas. Novas e terríveis perseguições por todo o Império são empreendidas. Em Alexandria, os pagãos liderados pelo filósofo Olimpio, organizam uma revolta e depois de algumas pelejas violentas se trancam dentro do templo fortificado de Serapis. Depois de um violento cerco, os cristãos tomam conta do edifício, derrubam-no, incendeiam sua biblioteca e profanam as imagens de culto.

392 - Em 8 de Novembro o Imperador Teodosio proíbe os rituais não cristãos e os denomina “superstições gentílicas”. Novas perseguições em grande escala contra os pagãos. São encerrados os Mistérios da Samotrácia e seus sacerdotes são assassinados. Em Chipre, os bispos locais San Epifanio e San Tychon destroem quase todos os templos da ilha e exterminam a milhares de pagãos. Os Mistérios locais da deusa Afrodite são encerrados também. O Ato de Teodósio declara que “aqueles que não obedecerem ao padre Epifanio não terão direito de continuar vivendo na ilha”.

393- São proibidos os jogos pítios, os jogos de Aktia e os jogos Olímpicos como parte da idolatria helênica. Os cristãos saqueiam o templo de Olímpia.

395 – Dois novos decretos ( 27 de Julho e 7 de Agosto) ocasionam novas perseguições contra os pagãos. Rufino, eunuco do primeiro ministro do Imperador Flavio Arcádio dirige as hordas dos godos batizados (seguidos por Alarico) à Grécia. Animados por monges cristãos, os bárbaros saqueiam e queimam muitas cidades (Dion, Delfos, Megara, Corinto, Feneos, Argos, Nemea, Lycosoura, Esparta, Messene , Figaleia, Olímpia etc) massacram e escravizam incontáveis pagãos helenos e derrubam todos os templos. Entre outros locais , incendeiam o santuário de Eleusis e quiemam vivos os seus sacerdotes ( incluindo o sacerdote de Mitra Hilário)

396 – Em 7 de dezembro, um novo decreto do imperador Arcádio ordena que o paganismo seja tratado como alta traição. Encarceiram-se os poucos sacerdotes pagãos que insistem na prática das antigas tradições.

397 – Demolidos! O Imperador Flávio Arcádio ordena demolir todos os Templos pagãos que ainda continuam de pé.

398 - O IV Concílio Eclesiástico de Cartago proíbe a todos, incluindo os bispos cristãos, o estudo dos livros pagãos. Porfírio, o bispo de Gaza, derruba quase todos os templos pagãos da cidade (exceto nove deles que permanecem ativos)

399 - Com um novo Ato ( 13 de Julho) o Imperador Flávio Arcádio ordena a demolição imediata de todos os templos pagãos que todavia resistem em pé, principalmente aqueles na zona rural.

400 - O bispo Nicetas destrói o oráculo do deus Dioniso em Vestai e batiza forçadamente a todos os pagãos da área.

- A população cristã de Cartago lincha os pagãos e destroem templos e ídolos. Também em Gaza, o bispo local santo Porfírio, ordena a seus seguidores o linchamento dos pagãos e a demolição dos nove templos restantes em atividade na cidade. O V Concílio de Chalkedon ordena a excomungação (inclusive depois da morte) dos cristãos que mantenham boas relações com seus parentes pagãos.

405 – Juan Crisostomo envia hordas de monges vestidos de gris e armads]os com maças e barras de ferro para destruir ídolos de todas as cidades da Palestina

- Juan Cristodomo arrecada fundos com a ajuda de mulheres cristãs ricas para financiar a demolição dos templos helênicos. Em Éfeso ordena a destruição do Templo de Ártemis. Em Salamis, Chipre, os “santos” Epitáfio e Eutychius continuam as perseguições contra os pagãos e destroem seus templos e santuários.

Um novo decreto proíbe mais uma vez todos os atos de culto não cristão

O Imperador da parte Oriental do Império, Honório, e o Imperador da parte Ocidental, Arcádio, ordenam juntos que todas as esculturas dos templos pagãos sejam destruídas ou retiradas. Também são proibidas a propriedade privada e individual de qualquer escultura pagã. Os bispos locais dirigem novas e terríveis perseguições contra os pagãos e novos incêndios contra seus livros.Juízes que mostram piedade aos pagãos também são perseguidos. San Agustim massacra centenas de pagãos em Calama, Argélia.

Uma vez mais, um decreto ordena que se castigue com pena de morte a astrologia e todos os métodos de adivinhação


415 – Em Alexandria, a população cristã influenciada pelo bispo Cirilo, uns quatro dias antes da Páscoa judaico-cristã (Paskha) arca em corta em pedaços a famosa e bela filósofa Hypatia. Os pedaços de seus corpo são arrastados pelas ruas da cidade de Alexandria nas mãos das pessoas da cidade; são finalmente queimados junto com seus livros em um lugar chamado Cynaron. Em 30 de Agosto dá-se o início de novas perseguições contra os pagãos do Norte da África, que terminam com suas vidas crucificados ou queimados vivos.

416 – O inquisidor Hypatio, “ A Espada de Deus”, extermina os últismo pagãos em Bythina. Em Constantinopla, à 7 de dezembro, são despedidos todos os oficiais do exército , funcionários públicos e juízes que não sejam cristãos.

423 – O Imperador TEodósio II declara, em 8 de junho, que a religião dos pagãos não é nada mais que “um culto ao demônio” e ordena que todos aqueles que insistam em praticá-la sejam castigados com prisão e tortura.

429 - O Partenon é saqueado. Os pagãos atenienses são perseguidos.

- em 14 de novembro, um novo ato imperial de Teodósio II ordena a pena de morte para todos os “hereges” e pagãos do Império. O Judaísmo é proclamado como a única religião oficial além do cristianismo.

438 – O imperador Teodósio II emite um novo decreto em 31 de Janeirom contra os pagãos considerando a “idolatria” como a razão da praga que atacara a Império no momento.

440 a 450 – Os cristãos demolem todos os monumentos, altares e templos de Atenas, Olímpia e outras cidades gregas.

448 - Teodósio II ordena que todos os livros não-cristãos sejam queimados

450 – São demolidos todos os Templos de Afrodisia, cidade da deusa Afrodite, e todas as livrarias da cidade são incendiadas. A cidade é renomeada com o nome de Stravroupolis (Cidade da Cruz)

451 – Um novo decreto do Imperador Teodósio Ii ( 4/11) reafirma que a idolatria deve ser castigada com pena de morte.

457 a 491 – Perseguições exporádicas contra os pagãos da parte oriental do Império. São executados entre outros o médico Jacobo e o filósofo GEsio. Severiano, Herestios, Zosimo, Isidoro e outros são presos. Conon e seus seguidores exterminam os últimos pagãos da ilha de Imbro, no nordeste do Mar Egeu. Em Chipre, os últimos adoradores de Zeus Layranio são exterminados.

482 a 488 – Depois de uma revolta desesperada contra Igreja e o Imperador a maioria dos pagãos da Ásia Menor é exterminada.

486 – Mais sacerdotes pagãos que permaneciam escondidos são encontrados, levados, humilhados, torturados e executados em Alexandria.

- O batismo se faz obrigatório, inclusive para aqueles que se afirmavam cristãos. O imperador de Constantinopla, Anastásio, ordena o massacre contra os pagãos da cidade árabe de Zoara e a demolição do Templo do deus local Theandrites.

528 – O imperador Jutprada (Justiniano) proíbe os Jogos Olímpicos alternativos de Antioquia. Também ordena a execução (na fogueira, crucificação, despedaçamento por bestas selvagens, esquartejamento) de todos aqueles que pratiquem “ a feitiçaria, a adivinhação, a magia e a idolatria” eproíbe todas as encenações dos pagãos (“aqueles que sofrem da blasfêmia e loucura dos Helenos”).

529 – O Imperador Justinianos fecha a Academia de Filosofia de Atenas (onde Platão havia lecionado) e confisca sua propriedade.

532 – O inquisidor Juan Asiacus, um monge fanático, dirige uma cruzada contra os pagãos da Ásia Menor.

542 – O imperador Justiniano permite ao inquisidor Asiacus converter os pagãos da Frigia, Caria e Lídia, na Ásia Menor. Em 35 anos, 99 igrejas e 12 monasterios foram construídos sobre templos pagãos destruídos.

546 - Centenas de pagãos são condenados à morte em Constantinopla pelo inquisidor Juan Asiacus.

556 – O imperador Justiniano odena ao terrível inquisidor Amâncio que vá a Antioquia para encontrar, trazer, torturar e exterminar os últimos pagãos da cidade assim como para que incendeie todas as bibliotecas privadas.

562 – Arrastões em massa, zombarias, torturas e prisões de pagãos helenos em Atenas, Antioquia, Palmira e Constantinopla.

578 a 582 – Os cristãos torturam e crucificam os pagãos helenos por toda a parte oriental do Império e exterminam os últimos pagãos de Heliópolis.

580 –Os inquisidores cristãos atacam um templo secreto de Zeus em Antioquia. O sacerdote se suicida, mas o restante dos pagãos é levada. Todos os prisioneiros, incluindo Anatólio, o vice-governador, são torturados e mandados à Constantinipla, para comparecer em juízo. São sentenciados à morte e jogados aos leões. Ao ver que os animais não queriam atacar, finalmente os pagãos acabaram crucificados. Seus cadáveres são profanados, carregados pelas ruas da cidade em tons de zombaria exibicionista, e finalmente os cadáveres são lançados sem nenhum tipo de enterro em um lugar vertedouro.
583 – Novas expedições contra os cristão, a mando do Imperador Maurício.

590 – Em toda a área oriental do Império os acusadores cristãos descobrem conspirações pagãs. Nova onde de torturas e execuções.

692 – O Concílio de Constantinopla proíbe o restante das celebrações pagãs/dionisíacas, como as Calendas, as Brumálias, as Anthestérias etc...

804 – Os pagãos helenos de Mesa Mani ( Cabo Tainaron, Lacônia) resistem com sucesso ao intentdo de Tarasio, patriarca de Constantinopla. de converte-los em cristãos.

850 a 860 – Conversão violenta dos últimos pagãos helênicos de Mesa Mani pelo armênio San Nikon.

Não sou tão boa com datas, mas por cálculos mentais podemos contar uns cinco séculos ou mais de perseguições violentas. Depredação de templos pagãos, execuções em fogueiras na Inquisição, guilhotinas, prisões, torturas, queima de artefatos e livros... e a lista é interminável. Era mesmo necessário isto tudo? O que tanto temeriam os cristãos? Isto me parece uma limpa que fazemos quando não queremos deixar rastros de algum crime... seria crime pegar uma crença e molda-la de acordo com o que tu pensa? Pois é exatamente o que nós temos hoje. Voltemos aos católicos:"No dia do deus sol Amon-Rá, eles se ajoelham a um antigo artefato de tortura, e consomem símbolos ritualísticos de sangue e carne". Jesus Cristo nasceu em 25 de dezembro: Mitra nasceu em 25 de dezembro. Cristo expulsou demônios e curou enfermos: Hórus expulsou demônios e curou enfermos. Cristo foi crucificado: Hórus foi crucificado por dois ladrões e ressuscitou três dias depois...
Porque o papa Gregório IX quis tanto preservar alguns templos e modifica-los para o cristianismo? Pois era fácil! Tendo em vista que de cada cem símbolos pagãos, 90 são utilizados pelos católicos e por aí vai. Só que com o passar dos séculos foi ficando mais díficil omitir essas "semelhanças". Então vai-se o povo a fogueira! "Pendure este Herege* que é acometido de pensamentos impuros e o condene de acordo com que as leis dos Velluns prescrevem" 
 Hereges aliás vem do latim e significa Escolha. Aqueles que escolheram viver sem estar acorrentado a pedra repressora e gananciosa, e mentirosa, e mesquinha, e hipócrita (...) dos cristãos. Daí, quando surgiram os astrônomos e mostraram o quão as teorias da Igreja eram erradas, eles foram dados e condenados como fetiches do demônio. É obvio: manter a astronomia seria o mesmo que dar razão ao concorrente. A igreja perderia fiéis, perderia dinheiro e isso não seria nada, nada bom.

Então, inúmeros séculos mais tarde, eis que entremos na Idade Moderna, mais precisamente entre os séculos XX-XXI e nos deparamos com uma antítese aos fundamentos cristãos: "Assim como destruíram os templos pagãos, como promoveram a caça as bruxas, como queimaram e destruíram os ídolos... Porque não fazer o mesmo contra eles? porque não vingar nossos descendentes? Porque não honrar aqueles que foram os verdadeiros pilares de nossa existência?"

Sobre a queima de Igrejas (Gaahl, ex-Gorgoroth, ex-God Seed)
(...)
 "Não que estes ataques sejam a forma mais correta de crítica, afinal, em qualquer lugar do mundo tal ferimento ao patrimônio é um crime. Independente de onde seja, pois o que discutimos nesse momento não é o ataque à Religião e sim o ataque a um patrimônio construído.

Mas acabamos, nós mesmos, ao criticar, por cair em preconceitos que dizemos ser algo imbecil. Pois bem, não é difícil ver alguem chamando o adepto Black Metal de bandido, por atear fogo nas Igrejas. No entanto, não vislumbramos o motivo que fazem tais pessoas agirem dessa maneira. O problema todo se dá quando nós mesmos não temos convicções e achamos todo tipo de violência (moral, física etc) um atentado contra a humanidade.
Passemos agora às ideologias por trás das labaredas.
Pela História, é claro que foi o Cristianismo quem mais matou e ajudou a criar preconceitos entre as pessoas, a “religião da deusa” foi expurgada como se fosse um Mal maior e criou-se o ideal da blasfêmias propagada contra a figura de Deus e do Homem Jesus. O que quero dizer é: “A Igreja atacou primeiro”, mas isso não justifica que a retaliação seja com fogo.

“Mas tenho dúvidas sobre o efeito da queima de igrejas. Receio que isso venha a fortalecer a igreja contra qualquer ataque. Que assim os cristãos se unirão ainda mais. Mas eu defendo as pessoas que queimam igrejas"
Entretanto, a própria Igreja quando atuou queimando pessoas a torto e a direito, se julgou estar certa e estar fazendo um bem para a humanidade. O que eu entendo sobre a queima das Igrejas é a forma de revidar quem usou o fogo contra seus opositores. No entanto é contra um monumento que os Black Metallers (???) o fazem.
Nós mesmos queremos isso todo dia, quando um “bandido” vem e rouba nossa carteira, relógio, celular… queremos que ele seja expurgado da sociedade, porque é um mal! O Black Metal criou sua forma de revidar aquilo que é um tormento para si. O problema é que aquilo que é repudiado pelo estilo, tem sua legitimação e hoje é uma instância das relações do poder, o que necessariamente deslegitima qualquer ação contra essa instância.
Esta é, sim, uma forma extremista de reação (assim como a polícia mata os “bandidos safados da favela”, sob o argumento da proteção da sociedade). Não quero dizer que todos os que criticam a Igreja tenham que atear fogo em cada uma que encontre pela frente. A crítica pode ser feita por um meio muito mais prudente e sem gasolina. Existe a internet e outros meios que possibilitem a discussão de forma prudente, a própria música pode ser um instrumento de retaliação.
Os adeptos do Black Metal agem como a gente… só que nós temos um aparelho legitimado para exterminar o que nos incomoda.".

Talvez um dos mais famosos incendiadores embora este por muitas vezes o negue, tenha sido Varg Vikernes, fundador do projeto musical Burzum, cuja temática sempre diferenciou-se de Euronymous (Oysten Aarseth), criador do Mayhem, o qual foi morto por Varg em 1993. Varg sempre propôs um metal com referencias no paganismo nórdico, ao melhor, no Asatrú, religião politeísta que trás de volta os antigos costumes e crenças vikings da Escandinávia enquanto, por outro lado, Euronymous quisesse algo totalmente fundado nos pilares do satanismo tradicional. 
Seja qual vertente for seguida, ambas tinham o mesmo ideal: o anti-cristianismo. Até mesmo porque ambas, se formas avaliarmos de um modo detalhado, tinham suas bases no paganismo, pois o Satanismo, seja qual for o proposto, e os ídolos ou gênios apresentados sempre foram comparados a antigos deuses (Vide Moloch, deus da antiga Babilônia, hoje um dos arqueduques infernais de diversos grimórios satanistas).

O Satanismo e o Paganismo propõem a valorização do indivíduo. Não só o Thelema de Aleister Crowley, mas desde as sagas dos deuses, sejam sumérios aos egipcios. Todos mostravam o quão somos poderosos, mas a quem se diga que o Poder só está naquele que têm noção de sua presença em si.
Então aos Fortes e aos Infames Bons, dedico eu, uma mera mortal com noção de minha existência superior entre os Orfãos, este ensaio. 


A'anlitha Arierom.