Admiradora fiel da cultura nórdica, senti-me ultrajada com as justificativas que levaram este homem, Anders Behring Brevik, ao massacre. Tenho certeza de que, voltando-me ao cenário musical, haverão inúmeras "bandinhas" e suas insígnias aos "Fortalecimento da Supremacia Branca" exaltando as atitudes incompreensíveis deste indivíduo que nada se difere aos tais terroristas muçulmanos que tanto a Impressa internacional condena. Não foi de se espantar que minutos após o bombardeio em Oslo, gazetas anunciaram mais um ataque de autoria do grupo Al Qaeda... e sadicamente, era exatamente o oposto. Àqueles que realmente possuem honra no espírito, tal honra que não se é polida com sangue inocente, por favor não exaltem o que muitos chamarão de "Revolta Viking". Isto se chama "Demência". Lembrem-se: existe uma estreita fronteira entre a Loucura e a Genialidade. Não confundam ambas porque isto não irá nos levar a uma apoteose, mas sim, a um zoológico de feras. Anders Behring Breivik, um suposto extremista de direita de 32 anos de idade, disse ter cometido tanto o ataque à bomba na capital, Oslo, que matou sete pessoas e o massacre de outras 85 em um campo para jovens na ilha de Utoeya, ambos na sexta-feira.
Uma pessoa ferida na ilha que estava hospializada morreu neste domingo.
O número de vítimas fatais pode ainda subir já que há pelo menos quatro pessoas desaparecidas e outras 96 foram feridas.
O chefe de polícia Sveinung Sponheim disse que Breivik “admitiu tanto o ataque à bomba como os tiros, embora não esteja admitindo culpa criminal”.
"Ele diz ter agido sozinho, mas a polícia precisa verificar tudo o que ele diz. Alguns dos testemunhos coletados na ilha nos fez questionar se havia um ou mais atiradores", disse ele.
Sponheim disse que a polícia não procura ninguém mais no momento e que Breivik vem cooperando com o interrogatório.
Ele deve aparecer perante um tribunal na segunda-feira.O policial confirmou que o tempo máximo que Breivik permaneceria preso, segundo as leis norueguesas, é de 21 anos.
Estranhamente, lendo um de meus livros preferidos O Tesouro do Templo, eis que surge eles novamente, fantasmas que provavelmente atormentaram este norueguês a ponto de leva-lo ter conscio de um super-poder para julgar que seu país só seria "limpo" se as pessoas acordassem, elegessem um parlamento de direita-extrema e expulsassem os imigrantes do território. E que forma eles acordariam? Sim, terrorismo e como não? Há outra forma de se chocar tão fatalmente senão alguns corpos sob o solo?
E então o que diabos teria os Templários haver com isto tudo?
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim"Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici"), mais conhecida como Ordem dos Templários, Ordem do Templo (em francês "Ordre du Temple" ou "Les Templiers") ou Cavaleiros Templários (algumas vezes chamados de: Cavaleiros de Cristo, Cavaleiros do Templo, Pobres Cavaleiros, etc), foi uma das mais famosas Ordens Militares de Cavalaria. A organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista.
Os seus membros fizeram voto de pobreza e castidade para se tornarem monges. Usavam seus característicos mantos brancos com a cruz vermelha, e seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros. Em decorrência do local de sua sede (a mesquita Al-Aqsa no cume do monte onde existira o Templo de Salomão em Jerusalém) e do voto de pobreza e da fé em Cristo surgiu o nome "Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão".
O sucesso dos Templários esteve vinculado ao das Cruzadas. Quando a Terra Santa foi perdida, o apoio à Ordem reduziu-se. Rumores acerca da cerimónia de iniciação secreta dos Templários criaram desconfianças, e o rei Filipe IV de França profundamente endividado com a Ordem, começou a pressionar o Papa Clemente V a tomar medidas contra eles. Em 1307, muitos dos membros da Ordem em França foram detidos e queimados em estacas. Em 1312, o Papa Clemente dissolveu a Ordem. O súbito desaparecimento da maior parte da infra-estrutura europeia da Ordem deu origem a especulações e lendas, que mantêm o nome dos Templários vivo até os dias atuais.
Fonte: Wikipédia.
Temos então um cristão fundamentalista... pelos nove infernos, onde isto irá parar?! Será que teremos que queimar igrejas outra vez para esta loucura religiosa ter fim? Contar as inúmeras Ordens criadas a favor do cristianismo e voltadas ao racismo extremo.... teríamos uma longa conversa. Talvez eu tenha me entristecido por não ser um ataque da Inner Circle a uma catedral capitalista do país. Sem inocentes no meio, só as chamas consumindo o dinheiro e a hipocrisia. Acho que assim o tal território seria mais limpo. Mas talvez eu esteja comendo de meu próprio veneno. Não, não é com atitudes terroristas que obteremos a glória.
Mas acho que isto está cada vez mais longe de ser posto em prática!
Terminando epílogo de Guerra dos Tronos, não resisti a vontade de resenhar e comentar um pouco sobre esta obra-prima do gênero fantástico, tão utilizado por Tolkien e os que lhe sucederam.
Copilado por George R. R. Martim, A Game of Thrones é o primeiro livro da série A Song of Ice and Fire. Foi publicado em 6 de agosto de 1996. O livro venceu o Locus Award de 1997,e foi indicado tanto para o World Fantasy Award de 1997e o Nebula Award de 1998. A novelaBlood of the Dragon, compreendendo os capítulos de Daenerys Targaryen do livro, venceu o Hugo Award de 1997 para Melhor Novela.
O livro dá nome a vários itens spin-off baseado na série, incluindo um jogo de cartas colecionáveis, um jogo de tabuleiro e o um RPG. Em 17 de abril de 2011, a série de televisão Game of Thrones, produzida pela HBO e baseada nos livros da série, estreiou com grande sucesso.
Eis então que a HBO para meu êxtase resolveu adaptar o livro numa minissérie, que aliás se não me engano começou a ser exibida este mês na tv paga. (Cenas da série Game of Thrones; música Sleeping Sun - Nightwish).
Um pouco sobre o enredo:
Nos Sete Reinos
Lorde Eddard Stark é patriarca da Casa Stark, uma das grandes casas nobres dos Sete Reinos de Westeros, e o Guardião do Norte. O Rei Robert Baratheon, amigo de infância de Eddard, viaja até Winterfell com sua família e corte para oferecer a Eddard o cargo de Mão do Rei, o principal conselheiro e comandante militar no Reino, devido a morte da Mão anterior, Lorde Jon Arryn. A esposa de Eddard, Catelyn Stark, recebe uma carta de sua irmã, Lysa Arryn, dizendo que a morte de Jon Arryn foi um assassinato arquitetado pela Rainha Cersei e por sua poderosa família, os Lannister. Relutante em deixar suas obrigações e família, Eddard é convencido por sua esposa a aceitar o cargo para investigar a morte de Arryn. O filho do meio de Eddard, Bran Stark, acidentalmente vê a Rainha Cersei e seu irmão gêmeo Sor Jaime Lannister fazendo sexo. Para proteger a relação, Jaime empurra o menino da janela. Bran inesperadamente sobrevive e eventualmente acorda do coma paralisado da cintura para baixo, sem se lembrar de como caiu.
Lorde Eddard viaja com a corte real para o sul em direção a Porto Real, a capital, levando suas filhas Sansa e Arya. A jovem de treze anos Sansa se esforça para se tornar uma dama, já que ela foi prometida ao filho mais velho do Rei Robert, Joffrey, herdeiro do trono. Catelyn estraga uma tentativa de assassinato contra Bran, ainda no coma, revelando que sua queda não foi um acidente. Ela viaja secretamente para Porto Real para avisar seu marido e para lhe mostrar a distinta adaga usada pelo assassino. Uma vez lá, seu admirador de infância Petyr Baelish, conhecido como Mindinho, identifica a adaga como pertencendo ao irmão da Rainha Cersei, Tyrion Lannister, conhecido como "O Duende" devido ao seu nanismo. No caminho de casa ela encontra Tyrion em uma estalagem e ordena que ele seja preso e levado ao Ninho da Águia, onde sua irmã Lysa o põe sob julgamento e está ansiosa para matá-lo. Tyrion exige um julgamento por combate e ganha sua liberdade quando seu improvável campeão, o mercenário Bronn, vence o duelo.
Em Porto Real, Eddard está focado em dever e justiça, e imediatamente começa a investigar a morte da Mão anterior. O Rei Robert está apenas interessado em bebidas e distrações, e realiza um torneio em honra de sua nova Mão. As pesquisas e investigações de Eddard o levam para o segredo que levou Jon Arryn a ser morto: os três filhos de Robert e Cersei foram gerados por Jaime. Eddard misericordiosamente oferece a Cersei a chance de fugir, porém ela recusa. Antes de poder ser informado, o Rei Robert é ferido fatalmente ao caçar um javali, no que parece ser um acidente exacerbado pela bebida. O irmão mais novo de Robert, Renly, sugere que Eddard deveria usar seus guardas combinados para prender Cersei e seus filhos e tomar o controle do Trono de Ferro antes que os Lannister possam agir. Eddard se recusa dizendo que isso seria desonroso. Ele recruta Mindinho para ter os guardas da cidade ao seu lado, e acusarem Cersei, porém Mindinho trai Eddard subornando o capitão da guarda para Cersei, que aprisiona Eddard antes de fazer seus crimes públicos. Os guardas Lannister matam toda a comitiva de Eddard. Sansa é feita prisioneira, porém Arya consegue escapar do castelo com a ajuda de seu instrutor de esgrima.
Joffrey é coroado Rei e executa Eddard. Sansa é obrigada a assistir a decapitação de seu pai e Arya secretamente, testemunha tudo da multidão. Antes dela poder agir precipitadamente, é levada para fora da cidade por Balion, um membro da Patrulha da Noite. Uma guerra civil, posteriormente chamada de a Guerra dos Cinco Reis, irrompe. Lorde Tywin Lannister leva a guerra às casas Stark e Tully e seus vassalos. Robb Stark, filho mais velho de Eddard, lidera um exército de nortenhos para as Terras do Rio para ajudar seu avô materno, Lorde Hoster Tully, e para também buscar vingança pela morte do pai. Jaime Lannister lidera um cerco a Correrrio, enquanto Lorde Tywin lidera um grande exército ao sul do rio Tridente para impedir que Robb avance até Porto Real. Em uma manobra ousada, Robb secretamente envia sua cavalaria para Correrrio, enquanto parte de sua infantaria vai em direção de Lorde Tywin. Tywin, com a ajuda do recém libertado Tyrion, derrota os homens de Stark, porém descobre tarde demais que eles eram apenas um chamariz. Com a manobra, as forças de Robb Stark surpreendem e destroem as tropas de Lannister, acampadas ao redor de Correrrio, capturando Jaime no processo. Renly Baratheon proclama a ilegitimidade de Joffrey e se declara Rei de Westeros, se tornado o segundo dos cinco reis da guerra. Robb Stark se torna o terceiro quando seus vassalos o proclamam Rei do Norte.
Na Muralha
A fronteira do norte dos Sete Reinos é fortificada pela Muralha, uma antiga barreira de gelo de mais de 210 m de altura e 480 km de extensão, populada pela irmandade da Patrulha da Noite. Nas "terras sem lei" ao norte da Muralha, um pequeno grupo de Patrulheiros da Patrulha da Noite encontra os lendários Outros das antigas lendas, sendo todos mortos com a exceção de um. Levado a loucura, o sobrevivente foge para o sul da Muralha, onde é captura e executado como um desertor.
Jon Snow, filho bastardo de Lorde Eddard Stark, sente cada vez mais desagradável sobre seu futuro na Casa Stark. Encorajado por seu tio Benjen Stark, o Primeiro Patrulheiro da Patrulha da Noite, Jon decide se juntar a irmandade permanentemente.
Na Muralha, Jon inicialmente sente desprezo pelos outros recrutas, a maioria criminosos de baixo nascimento que escolheram o exílio na Muralha para não serem executados ou deixados como prisioneiros. Eventualmente ele deixa de lado seus preconceitos, une os recrutas contra seu sádico instrutor e protege o covarde, porém de boa índole, Samwell Tarly. Jon espera que suas abilidades superiores em combate o levem ao posto de Patrulheiro, o braço armado da irmandade. Para sua decepção, ele é designado como intendente do Lorde Comandante da Patrulha, Jeor Mormont, porém percebe que esse posto o está preparando para o comando. Ele faz com que seu amigo Samwell seja feito intendente do idoso Mestre Aemon, um trabalho adequado para a educação superior de Samwell e sua falta de capacidade atlética.
Benjen Stark lidera um pequeno grupo de Patrulheiros em uma ronda para além da Muralha, falhando em retornar. Quase seis meses depois, os corpos mortos de dois homens do grupo de Benjen são encontrados, com seus corpos sendo reanimados como zumbis a noite. Implacavéis contra feridas de espadas, eles conseguem matar seis homens. Um dos zumbis é cortado em vários pedaços por uma dúzia de irmãos, enquanto Jon sozinho salva o Lorde Comandante Mormont ao destruir o segundo com fogo. Por salvar sua vida, Mormont dá de presente à Jon sua espada de aço valiriano, "Garralonga", uma relíquia de família da Casa do Lorde Comandante.
Quando as notícias da execução de seu pai chegam, Jon tenta desertar da Patrulha da Noite, um crime capital, procurando ajudar seu irmão Robb na guerra contra os Lannister. Seus amigos na irmandade o pegam e o convencem a retornar antes de sua deserção ser notada.
No Leste
Além do Mar Estreiro na Cidade Livre de Pentos, Viserys Targaryen vive em exílio com sua irmã de treze anos, Daenerys. Ele é filho, e o único herdeiro homem, sobrevivente do Rei Aerys II, que foi usurpado por Robert Baratheon. Viserys arranja para vender Daenerys em casamento para Khal Drogo, senhor de guerra dos guerreiros nômades dothraki, planejando usar o exército de Drogo para reconquistar o Trono de Ferro de Westeros para a Casa Targaryen. Entre os presentes de casamento estão três ovos petrificados de dragão, artefatos raros considerados muito valiosos porém inúteis, já que os dragões foram extintos há séculos. Um cavaleiro exilado de Westeros, Sor Jorah Mormont, se junta a Viserys como conselheiro.
Inesperadamente, Daenerys encontra confiança e amor em seu bárbaro marido, e eles concebem uma criança que é profetizada para unir e governar os dothraki. Drogo mostra pouco interesse em conquistar Westeros, provocando o temperamental Viserys a abusar de sua irmã. Inicialmente, Drogo suporta Viserys e o pune com humilhações públicas. Porém quando Viserys publicamente ameaça Daenerys, Drogo o mata derramando ouro derretido em sua cabeça, simbolicamente dando a ele a "coroa" tão desejada. Como a última Targaryen, Daenerys assume a demanda do irmão para reconquistar o trono de Westeros.
Um assassino buscando favor do Rei Robert, tenta sem sucesso, envenenar Daenerys e seu filho ainda não nascido. Enfurecido, Drogo concorda em invadir Westeros procurando vingança. Enquanto saqueava aldeias para financiar a invasão, Drogo é ferido. A ferida infecciona, e Daenerys manda uma bruxa capturada fazer uma magia de sangue para salvá-lo; entretanto, a traiçoeira bruxa sacrifica o filho não nascido de Daenerys para dar poder ao feitiço, que mantém Drogo vivo em estado vegetativo. Enquanto a horde dothraki sem líder debanda, Daenerys tem pena de seu outrora orgulhoso marido e sufoca-o. Ávida por vingança, ela ordena que a bruxa seja amarrada a pilha funerária de Drogo, e coloca seus três ovos de dragão na pilha com o marido. Daenerys, acredita ser a última a possuir o sangue dos dragões correndo em suas veias, e decide entrar na fogueira que queima seu marido. Ao invés de perecer nas chamas, Daenerys emerge ilesa e com três recém-chocados dragões ao redor dela. Abismados, os poucos dothraki restantes e Sor Jorah juram lealdade à ela. Daenerys fica determinada a reunir um exército e reconquistar o Trono de Ferro.
Personagens de ponto de vista:
Cada capítulo se concentra em uma narrativa em terceira pessoa limitada de uma única personagem; o livro apresenta a perspectiva de oito personagens principais. Adicionalmente, uma personagem menor providência o prólogo. Os títulos dos capítulos indicam a perspectiva:
Prólogo: Will, um homem da Patrulha da Noite.
Eddard Stark, Guardião do Norte, Lorde de Winterfell e Mão do Rei.
Catelyn Stark, da Casa Tully, esposa de Eddard Stark.
Sansa Stark, filha mais velha de Eddard e Catelyn Stark.
Arya Stark, filha mais nova de Eddard e Catelyn Stark.
Bran Stark, o segundo de três filhos de Eddard e Catelyn Stark.
Jon Snow, filho bastardo de Eddard Stark.
Tyrion Lannister, irmão da Rainha Cersei e de Sor Jaime, filho de Lorde Tywin Lannister.
Daenerys Targaryen, Filha da Tormenta, Princesa de Pedra do Dragão e herdeira do trono Targaryen depois de seu irmão Viserys Targaryen.
Dez Curiosidades a cerca desta gélida Obra-Prima!
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1. Asérie se passa em uma terra fictícia chamada Westeros:
Em certos aspectos ela pode lembrar a Inglaterra medieval das lendas Arturianas, onde a maioria das histórias conhecidas com "cavaleiros, castelos e princesas" se passam. Na verdade, até mesmo Porto Príncipe - a sede principal do poder em Westeros, está localizada ao sudeste, assim como Londres.
Mas, existem algumas diferenças fundamentais. Em Westeros, o norte é uma terra sempre muito (mas muito mesmo) fria no inverno. Nos seus limites ao norte existe uma parede que se estende por toda a largura do território e mede mais de 200 metros de altura. Esta barreira é controlada por uma irmandade de proscritos cuja missão é proteger o sul do que quer que esteja além do muro.
Westeros também corre o risco de uma invasão vinda de uma terra além do mar estreito, onde vive um povo nômade de cultura eqüestre (muitíssimo diferente dos Rohirrim).
2. Gerra dos tronosé uma história de fantasia, mas não é Tolkien
Definitivamenteela não é o que muitos chamam de fantasia tradicional. Você não vai encontrar orcs, anões e elfos, mas sim pessoas comuns. Os elementos de fantasia que aparecem, servem apenas de pano de fundo para a história principal.
3. As estações do ano de Westeros são um pouco diferentes das nossas
As estações são imprevisíveis e podem passar rapidamente ou durar um longo período de tempo. No início da história, tem sido verão em Westeros por anos. Alguns dos personagens só conhecem esta época de clima agradável e não conhecem o sofrimento trazido pelo inverno. Mas, como dizem em Winterfell, o inverno está chegando ... e pode durar uma vida.
4. Personagens complexos e independentes
Todo personagem tem dezenas de camadas em a Guerra dos Tronos. Eles trabalham em ângulos, são falsos, esfaqueiam os companheiros pelas costas e conspiram. Os diálogos que você ouvirá na série freqüentemente terão mais do que um significado, e todas as ações provavelmente trarão conseqüências.
5. HBO vai cobrir grande parte do primeiro livro,A Guerra dos Tronos
Mas muitos dos fãs de Martin estão céticos quanto ao final da série. O próximo livro, A Dance with Dragons, levou quase seis anos para ser escrito. Faça as contas de quanto tempo levaríamos para ter os sete livros (não esquecendo de que Martin tem 63 anos).
7. O reino foi reunido e dilacerado muitas vezes
A história de Westeros remonta a milhares de anos, com muitas casas desempenhando papéis importantes ao longo do tempo. Em Porto Príncipe, o rei está sentado sobre o Trono de Ferro, que foi forjado a partir das espadas dos inimigos vencidos. É um lugar propositalmente difícil para se sentar e deve lembrar seus ocupantes que estar sobre ele não é confortável.
8. Lobos Gigantes são criaturas míticas
Ele são versões gigantes e inteligente dos lobos. Nos livros, estão associados e protetores da casa Stark. Na série de televisão, eles serão interpretados por Inuits do Norte , quase tão grandes quanto os lobos descritos por Martin nos livros.
Os Lobos Gigantes (Dire Wolvs) são baseados em um animal de verdade - foram recuperados restos mortais de milhares de lobos dos poços de piche de La Brea. Estes animais, semelhantes ao lobo cinzento possuíam cinco metros de comprimento e pesavam cerca de 250 quilos.
9. Não é uma história para as crianças
Não espere algo como as Crônicas de Narnia (ou até mesmo Senhor dos Anéis). Haverão inúmeros temas adultos, com nudez, violência e muito sangue. Em nome do politicamente correto, alguns detalhes e cenas do livro foram alterados (por exemplo, no livro, uma personagem feminina se casa aos 13 anos. Na TV, ela será mais velha), mas mesmo com estas censuras, definitivamente, não é uma história para crianças .
10. Asérie de 10 horas será muito resumida
A primeira temporada será composta por 10 episódios de aproximadamente uma hora. E sim, com apenas 10 horas, muito da história será perdido.
Se você gostar da série, como eu imagino que gostará, leia A Guerra dos Tronos e a A Fúria dos Reis, os dois livros da série disponíveis em português.
Se você tiver dificuldades para identificar os personagens (e eles são muitos), as casas e os locais, visite a wiki da série (livre de spoilers até que o assunto tenha sido revelado na TV), uma wiki mais aprofundada (incluispoilers) e o ótimo Westeros.org, que destaca pessoas e lugares.
Lembrando, a série estréia nos Estados Unidos neste final de semana e no Brasil dia 8 de Maio.
Vendo o filme "O Corvo" de 1994, protagonizado pelo eterno Brandon Lee, filho do famoso lutador e ator Bruce Lee, instiguei-me a resenhar sobre esta tão importante obra do mestre Poe.
The Raven ("O Corvo") é um poema do escritor e poeta norte-americano Edgar Allan Poe. Ele foi publicado pela primeira vez em 29 de Janeiro de 1845, no New York Evening Mirror. É um poema notável por sua musicalidade, língua estilizada e atmosfera sobrenatural provenientes tanto da métrica exata, permeada de rimas internas e jogos fonéticos, quanto do Talento singular de Poe, um dos maiores expoentes tanto do romantismo quanto da própria literatura americana. Neste poema, que apresenta uma temática típica do romantismo (ou, mais especificamente, do Ultrarromantismo), a figura do misterioso corvo que pousa sobre o busto de Pallas (ou Atena, na maioria das traduções feitas para o português) representa a inexorabilidade da morte e seu impacto sobre o personagem, o qual, no seu papel de arquétipo correspondente às tendências da geração literária de Poe, lamenta e sofre profundamente com a perda de sua amada Leonora (Lenore, no original). No final do poema o corvo, o qual representa, como dito acima, a inexorabilidade da morte, é dito como ainda repousando sobre o busto de Pallas (ou Atena, na tradução de Fernando Pessoa) simbolizando o pesar eterno que se abateu sobre a alma do protagonista.
Eis aqui o poema traduzido pelo mestre Fernando Pessoa:
O CORVO *
(de Edgar Allan Poe)
Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais"."Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais"."Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais"."Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!
Fernando Pessoa
(Vídeo: Cenas do filme "O Corvo". Música "beyond the veil" por Tristania).
“E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: “Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e seqüência – e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez – e tu com ela, poeirinha da poeira!“ Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: “Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!” Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: “Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?” pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?” (aforismo 56)
Salute. Im A'anlitha, mae govannem!
Em sindarin vos saudo por mais um artigo. Inspirada no prefácio de A insustentável Leveza do Ser de Millan Kundera, resolvi escrever algo sobre Uróboro e o Eterno Retorno tão comentado por Nietzsche. "A doutrina do eterno retorno pode ser lida em dois sentidos fundamentais, considera João Duque, segundo uma dimensão antropológico – moral e uma dimensão cosmológico – ontológica. Vista do lado antropológico – moral, assiste-se ao jogo da vontade humana, que ao acolher o eterno retorno se torna capaz de afirmar a realidade tal como é, afirmando-se a si mesma. Será no fundo, a fase do leão, que detém a vontade de transmutar todos os valores, superando o homem e dando lugar ao super-homem. Do lado cosmológico – ontológico, está em jogo a constituição do ser e do tempo – ou do tempo de ser -, como considera João Duque, que permita o sim absoluto à realidade e não apenas a vontade do sim, ou mesmo o sim da vontade, o que seria demasiado humano. Esta dimensão seria representada pela metáfora da criança, que aceita o jogo do ser, inocentemente, no seu devir eterno sem nada querer, já que o querer se identifica com o que é. Raul Proença[1] considerará que aqui se encontra uma aporia insolúvel entre a liberdade e vontade humanas, próprias do homem criador, que assume o eterno retorno; e uma necessidade determinista, marcada pelo constante regresso do mesmo. Na Gaia Ciência diz Nietzsche que esta vida, tal como a vivemos atualmente, teremos de vivê-la inúmeras vezes mais, nela nada haverá de novo. A sabedoria acerca do mistério do tempo, é dada a Zaratustra apenas no momento em que este é capaz de compreender o eterno retorno como modo diferente de dizer e afirmar o carácter selectivo do ser; no momento da sua convalescença, que lhe permite compreender que o eterno-retorno, não é um ciclo fechado e nada tem a ver com a predominância do mesmo. A realidade seletiva do eterno retorno, apresenta-se numa dupla dimensão: como lei constitutiva da autonomia da vontade, que se quer ver livre da moral - tudo aquilo que se quer deve ser querido de maneira a que esse mesmo querer se queira também o seu eterno retorno -. Ao considerar-se a seletividade, pressupõe-se que retorna apenas, o que puder ser afirmado; tudo aquilo que é negativo, tudo o que deve ser negado, é expulso pelo movimento do eterno retorno. Este movimento de características centrifugadoras, expele para fora de si, tudo o que não interessa. Sendo repetição, o eterno retorno transforma-se em princípio da diferença, em linguagem deleuziana, já que como repetição também seleciona, por isso, salva. O problema da moral em Nietzsche é o problema da verdade, ou seja, a conformidade da nossa avaliação com a vontade de poder, que é a própria essência da vida e, por isso, constitui a razão última de todos os valores. Nietzsche considera que não há outros valores senão os que a vida estabelece, o que já de si é sempre uma manifestação da vontade de poder. No pensamento tradicional, o ser e o devir opõem-se, mas Nietzsche nega a existência de um cosmos feito de realidades espirituais e eternas, considera que não há “ser” para além do espaço e do tempo; o existente é o mundo da experiência sensível, que se mostra no horizonte próprio do espaço e do tempo. Este mundo é único, real e vivo e não conhece nada de constante e imóvel ou fundamental, que tem como princípio organizador a vontade de poder que é movimento, tempo e devir. O tempo não existe só para o intelecto, ele é a forma como o fundo do mundo exerce o seu domínio: o jogo de Dionísios é dever puro. Basicamente, Nietzsche procura recuperar a inocência da vida (...)"
(Vídeo: Eternal Return - Therion)
No paganismo, o Eterno Retorno é representado por Ouroboros ou Uróboro, a cobra que morde a própria cauda, refratário ao tempo, marcando um ciclo vicioso e interminável. Para alguns pode ser o Homem sendo pego pelo próprio pecado ou, para os mais ordotoxos, o Diabo sendo ferido pela mentira. Na mitologia escandinávia Uróboro seria a cobra que está envolta do mundo. Já na Wiccae tradicinal, Uróboro é representado pelo deus Cernunnos, ou para os latinos, Cornífero.
O teônimo [C]ernunnos aparece na Pilar dos Barqueiros, um monumento galo-romano datando do 1o. século inicial D.C., para rotular um deus representado com cornos de veado em seu primeiro estágio de crescimento anual. Ambos os chifres têm torques pendurados neles.
O nome tem sido comparado a um epíteto divino Carnonos em uma inscrição céltica escrita em caracteres gregos em Montagnac, Hérault (como καρνονου, karnonou, no caso dativo). Um adjetivo galo-latim carnuātus, "com chifres," também é encontrado.
A forma proto-céltica do teônimo é reconstruída como ou *Cerno-on-os ou *Carno-on-os. O aumentativo -on- é característico do teônimo, como em Maponos, Epona, Matronae e Sirona. Maier (2010) estabelece que a etimologia de Cernunnos é desconhecida, como a palavra céltica para "corno" como um a (tal como em Carnonos).
Karnon do gaulês "corno" é cognato com cornu do latim e com *hurnaz do germãnico, com horn do inglês, basicamente do proto-indo-europeu.O étimo karn- "corno" aparece tanto no gaulêscomo nos ramos gálatas do celta continental. Hesíquio de Alexandria lustra a palavra gálatakarnon (κάρνον) como "trompete gálico", isto é, o corno militar celta listado como o carnyx (κάρνυξ) deEustátio de Tessalônica, que nota sino com forma animal do instrumento. A raiz também aparece nos nomes de regimes celtas, sendo o mais proeminente entre eles, os Carnutes, significando algo como "os Únicos Com Chifres," e em vários exemplos de nome civil encontrados nas inscrições.
Iconografia
Deus de Etang-sur-Arroux, uma representação possível de Cernuno. Ele veste um torque no pescoço e sobre o peito. Duas cobras com cabeças de carneiro o circundam na cintura. Duas cavidades no topo de sua cabeça estão provavelmente projetadas para receber cornos de veado. Duas pequenas faces humanas nas costas de sua cabeça indicam que ele é tricefálico.Musée d'Archéologie Nationale.
Entalhe de rocha de uma figura com chifres nos Parque nacional de Naquane,Itália.
O deus rotulado [C]ernunnos na Pilar dos Barqueiros é retratado com chifres de veado em seus estágios iniciais de crescimento anual. Ambos os chifres tem torques pendendo deles. A parte mais baixa do seu relevo está perdida, mas as dimensões sugerem que o deus estava sentado na "posição de Buda", provendo um paralelo direto à figura com chifres no caldeirão Gundestrup.
A despeito do nome Cernunnos não estar atestado em mais nenhum outro lugar, ele é comumente usado na literatura celtológica como descrevendo todas as representações comparáveis de deidades cornudas.
Este tipo "Cernunnos" na iconografia céltica é frequentemente retratado com animais, em particular o veado, e também frequentemente associado com uma serpente com cornos de carneiro, além da associação com outras bestas com menor frequência, incluindo touros (noRheims), cachorros, e ratos. Por causa de sua associação frequente com criaturas, acadêmicos descrevem Cernunnos frequentemente como o "Senhor dos Animais" ou o "Senhor das Coisas Selvagens", e Miranda Green o descreve como um "deus pacífico da natureza e de frutescência".
O Pilier des nautes o liga aos marinheiros e ao comércio, sugerindo que também era associado ao bem estar material tanto ao fazer uma bolsa de moedas de Cernunnos de Rheims (Marne, Champagne, França)—na antiguidade, Durocortorum, a capital civitas da tribo Remi—quanto o veado vomitando moedas de Niedercorn-Turbelslach (Luxemburgo) nas terras dos Treveri. O deus pode ter simbolizado a fecundidade do floresta habitada por veados.
Outros exemplos das imagens de "Cernunnos" incluem um petroglifo em Val Camonica na Gália Cisalpina. A figura humana com chifres foi datada como pertencendo inicialmente ao século 7 A.C. ou tardiamente no século 4. Uma criança com chifres aparece em um relevo de Vendeuvres, flanqueada por serpentes e segurando uma bolsa feminina e um torque. A melhor imagem conhecida aparece no caldeirão Gundestrup encontrado em Jutland, datando do 1o. século A.C., pensado representar um tema céltico embora usualmente visto como de acabamento trácio.
Entre os celtas ibéricos, figuras cornudas ou chifrudas do tipo Cernuno incluem um deus "tipo-Janus" de Candelario (Salamanca) com dois rostos e dois pequenos cornos; um deus cornudo das colinas de Ríotinto (Huelva); e uma representação possível da deidade Vestius Aloniecus próximo ao seu altar em Lourizán (Pontevedra). Os cornos são aceitos representar "força agressiva, vigor genético e fecundidade."
Representações divinas do tipo Cernuno são exceções são a visão frequentemente-expressa de que os celtas apenas começaram a representar seus deuses na forma humana depois da conquista romana da Gália. O "deus com cornos" céltico, enquanto bem atestado na iconografia, não pode ser identificado na descrição da religião céltica na etnografia romana e não parece ter sido dado qualquer interpretatio romana, talvez devido a ser muito distintivo ser traduzível ao panteão romano. Enquanto Cernunnos nunca foi assimilado, acadêmicos têm às vezes comparados a ele funcionalmente às figuras divinas gregas e romanas tais como Mercúrio_(mitologia),Actaeon, formas especializadas de Júpiter, e Dis Pater, o último dos quais Julius Caesar disse que era considerado o ancestral dos gauleses.
Reflexos possíveis no Céltico insular
Existem tentativas de encontrar a raiz cern no nome de Conall Cernach, o irmão adotivo do herói irlandês Cuchulainn no Ciclo do Ulster. Nesta linha de interpretação, Cernach é tomada como um epíteto de um campo semântico amplo — "angular; vitorioso; conduzindo um crescimento proeminente" — e Conall é visto como "a mesma figura" como o antigo Cernunnos.
Conexão possível a São Ciarán
Alguns vêem as qualidades de Cernuno agrupadas na vida de São Ciarán de Saighir, um dos Doze Apóstolos da Irlanda. Quando estava construindo sua pequenina primeira célula, como seu hagiógrafo se estende, seu primeiro discípulo e monge era um porco do mato que tinha sido representado meigo por Deus. Este foi seguido por uma raposa, um texugo, um lobo e um veado.
Neopaganismo
Na Wicca e outras formas de neopaganismo um deus cornudo é reverenciado; esta divindade sincretiza um número de deuses cornudos e chifrudos de várias culturas, incluindo Cernuno. O deus cornudo reflete as estações do ano em um ciclo anual da vida, morte e renascimento.
Na tradição do Wicca Gardneriana, o deus cornudo é às vezes especificamente referido como Cernunnos, ou às vezes também como Kernunno.
Segue-se um belo ensaio feito pelo EmpórioWicca.com
"O Deus Cornífero é o Deus fálico da fertilidade. Geralmente é representado como um homem de barba com casco e chifres de bode. Ele é o guardião das entradas e do circulo mágico que é traçado para o ritual começar. É o Deus pagão dos bosques, o rei do carvalho e senhor das matas. É o Deus que morre e sempre renasce. Seus ciclos de morte e vida representam nossa própria existência. .Ele nasce da Deusa, como seu complemento e carrega os atributos da fertilidade, alegria, coragem e otimismo. Ele é a força do Sol e da mesma forma , nasce e morre todos os dias, ensinando aos homens os segredos da morte e da renascimento. Segundo os Mitos pagãos o Deus nasceu da Deusa, cresceu e se apaixonou por Ela. Ao fazerem amor a Deusa engravida e quando chega o inverno o Deus Cornífero morre e renasce quando a Deusa dá a luz. Este Mito contém em si os próprios ciclos da natureza onde no Verão o Deus é tido como forte e vigoroso, no outono ele envelhece, morre no inverno e renasce novamente na primavera. Para a maioria pode aparentar meio incestuoso, quando afirma-se que o Cornífero seja filho e consorte da Deusa, mas isto era extremamente comum aos povos primitivos onde os indivíduos se casavam entre os próprios familiares para conservar a pureza da raça. Além disso simbolismo do Mito deve ser observado, pois todas as coisas vieram do ventre da Grande Mãe inclusive o próprio Deus e por isso para Ela Ele deve voltar. O culto aos Deus Cornífero surgiu entre os povos que dependiam da caça, por isso Ele sempre foi considerado o Deus dos animais e da fertilidade, e ornado com chifres, pois os chifres sempre representaram a fertilidade, vitalidade e a ligação com as energias do Cosmos. Além disso a Bruxaria surgiu entre os povos da Europa, onde os cervos se procriam com extremada abundância, por isso eram freqüentemente caçados, pois eram uma das principais fontes de alimentação. Com a crescimento do Cristianismo e com a intenção do Clero em derrubar Bruxaria, a figura atribuída ao Deus Cornífero acabou por personificar o Diabo e na atualidade resgatar o status deste importante Deus torna-se bastante difícil. O Deus Cornífero representa a luz e a escuridão, a imortalidade e a morte, a interrupção a continuidade. Cernunos, como também é chamado, simboliza a força da vida e da morte. É o amante e filho da Deusa, o senhor dos cães selvagens e dos animais. É ele que desperta-nos para a vida depois da morte. Representa o Sol, eternamente em busca da Lua. Seus chifres na realidade representam as meias-luas, a honraria e a vitalidade e não uma ligação com o Diabo. Ainda hoje existe muito confusão a cerca da Bruxaria e isto se deve a Igreja Medieval que transformou os Bruxos antigos em Feiticeiros do Demônio, por conveniência. O culto à Deusa Mãe e aos Deus Cornífero é pré-cristão, surgiu milênios antes do catolicismo e do conceito de Demônio, o qual jamais foi adorado, invocado, cultuado e reverenciado nas práticas pagãs ou como deidade da Bruxaria. A Arte Wiccana remonta os homens das cavernas e para entendermos o porque uma divindade com chifres foi reverenciada pelos Bruxos de antigamente e é reverenciada até hoje pelos Bruxos modernos temos que pensar como nossos antepassados. Os chifres sempre foram tidos como símbolo de honra e respeito entre os povos do neolítico. Os chifres exprimem a força e a agressividade do touro, do cervo, do búfalo e de todos animais portadores dos mesmos. Entre os povos do período glacial uma divindade era representada com chifres para demonstrar claramente o poder da divindade que o possuía. Quando o homem saia em busca de caça, ao retornar à sua tribo colocava os chifres do animal capturado sobre a sua cabeça, com a finalidade de demonstrar a todos da comunidade que ele vencera os obstáculos. Graças a ele todo clã seria nutrido, ele era o "Rei". O capacete com chifres acabou por se tornar em uma coroa real estilizada. Muitos Deuses antigos como Baco, Pã, Dionísio e Quíron foram representados com chifres. Até mesmo Moisés foi homenageado com chifres pelos seus seguidores, em sinal de respeito aos seus feitos e favores divinos. Os chifres sempre foram representações da luz, sabedoria e conhecimento entre os povos antigos. Portanto como podemos perceber, os chifres desde tempos imemoráveis foram considerados símbolos de realeza, divindade, fartura e não símbolo do mal como muitos associaram e ainda associam-nos. O Deus A Grande Mãe e o Deus Cornífero representam juntos as forças vitais do UniversoCornífero é então o mais alto símbolo de realeza, prosperidade, divindade, luz sabedoria e fartura. É o poder que fertiliza todas as coisas existentes na terra.".
Aos Pagãos, os verdadeiros senhores de todos os feudos da Terra.